Em 1998, eu morava no apartamento da minha avó materna, que faleceu em 05.06.1998. Meu pai, que morava com a gente, foi internado, completamente insano, devido ao Mal de Alzheimer, 23 dias depois da morte dela.
O apartamento estava à venda. Entretanto, devido a muito problemas burocráticos, ele demorou a ser vendido, o que fez com que eu morasse sozinho, pela primeira vez, durante um ano e oito meses.
No segundo semestre de 1998, eu estava requentando a comida, para almoçar... de repente, me deu vontade de ir ao banheiro, coisa que não é meu costume, antes do almoço. Só saiu pelotinhas de fezes...
Senti um mal estar... a comida custou a descer. Mal acabei de almoçar, fui no banheiro novamente... as mesmas pelotinhas de fezes. Aí pintou uma dor de barriga, vontade de vomitar... Fui pra cama, a dor, o mal estar, não passavam. Não consegui dormir, e, aproximadamente, de quinze em quinze minutos, eu ia ao banheiro, e em algumas vezes, as fezes não saiam.
Se passaram horas, a dor não desaparecia. Não quis telefonar para minha mãe, temendo que ela me mandasse para um hospital, temendo também de passar uns dias na sua casa, na qual ela morava com seu companheiro. Não queria preocupá-la. Já no começo da noite, telefonei para o marido de minha tia materna, que é neurologista. Ele me receitou um remédio injetado, acho que foi Diazepan, não me lembro direito. Mas, estava em falta na farmácia. Tomei o comprimido... a dor continuava. Voltei a telefonar para o meu tio, seu filho, que também é médico me atendeu... falou que eu tomasse mais comprimido... tomei...
Eu estava desesperado. Já eram quase 22 horas, e a dor não cedia. O paranoico aqui chegou até a pensar que o mal que eu estava sentindo, nunca terminaria. De repente, acordo no meio da noite, com vontade de urinar, e percebo que eu estava melhor, curado. Custei a acreditar... minha alegria era enorme!
Até cheguei a sonhar que eu estava dentro de um ônibus, contando a um passageiro meu drama.
Se não me falha a memória, meu tio disse que o que eu senti poderia ter sido uma crise de colite.
E ainda restam 1999, 2000, 2001, 2003 e 2004(no ano de 2002, não tive problema corpóreo)...
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