Preenchendo O Vazio da Existência(6- Raul Seixas)

Acho que é a idade, porque nos posts sobre as coisas que me preenchem o vazio da minha existência, esqueci de mencionar o grande Raul Seixas.

Conheci o cantor/compositor com  a música "Let Me Sing My Rock And Roll"; gostava muito dela. Mas, a principio, não gostei do seu sucesso seguinte, "Ouro de Tolo".  Pouco depois, eu, ouvindo rádio, no mercado central, onde eu trabalhava, escutei "A Mosca Na Sopa". Antes do locutor dizer o nome do interprete, pensei em se tratar do cantor Sérgio Sampaio...  Gostei da música, até mesmo por ser uma fusão de gêneros, também por sua letra, que, na época, eu achava sem pé e sem cabeça(posteriormente, fiquei sabendo que havia uma mensagem anti-ditadura militar).  Comprei seu primeiro lp... Adorei!  E passei a gostar muito de "Ouro de Tolo", cuja letra tem muito a ver comigo.

Comprei seu segundo lp. Gostei muito também. No entanto, quando em 1976, me tornei fanático por rock, vendi seus dois lps para comprar discos de rock estrangeiro.rs
Na verdade, só conheço seus dois primeiros discos. Ainda assim, sempre admirei Raul Seixas.
Rock, baião, músicas românticas...

O maluco beleza, certamente, é uma das maiores figuras da música brasileira. Teve o mérito de tanto agradar à chamada classe A, como às classes C,D e até Z.rs. Seu público é enorme.
Mas o irreverente cantor/compositor , não se levava a sério, dizia até que deveria ser ator, já que ele conseguiu enganar sendo cantor...

Tido como antissocial, Raul namorou e se casou um tanto de vezes. Parece que teve três filhos. Era ciumento, beberrão e genioso. Me parece que é comum gênios malucos ,serem difíceis de se lidar, John Lennon e Roger Waters são um dos exemplos...

No seu primeiro casamento, com a norte-americana  Edith Wisner, Raul cometeu a proeza de voltar a estudar(ele , assim como eu, odiava escolas), passando no vestibular, para conquistar a simpatia do pai da namorada. Segundo fontes, o casamento não foi feliz, devido o ciume que o Raul tinha de Edith.
E como homem é um bicho que não presta, muito hipócrita, falso e tantas coisas mais(e as mulheres estão ficando iguais.rs), Edith descobriu que Raul tinha um caso, há anos, com outra norte-americana, Gloria Vaquer. Edith pede o divórcio, e , com muita razão, toma ódio do Raul, proibindo-o até de ver a filha do casal, Simone. Ela também tirou o sobrenome Seixas, da filha. Já adulta, Simone conhece o pai, e volta a usar seu sobrenome. Segundo relatos, Raul fica deprimido e passa a abusar de bebidas alcoólicas e drogas.

Li, na internet, que, mesmo com toda a sua antissociabilidade , Raul não gostava de viver só, por isso , sempre se envolvia com romances.

Um blogueiro, que chegou a dizer que era meu amigo(ele foi mais um, no mundo virtual, que cortou o contato comigo, sem eu saber o porquê), que o conheceu pessoalmente, até o ajudou, quando o cantor chegou mesmo a ser humilhado, em um boteco, parece até que ele foi agredido pelos frequentadores.

Num de seus shows, Raul foi agredido e acusado de não ser ele mesmo... estava bêbado.

Me identifico com muitas músicas dele. A anarquista, "Cowboy Fora da Lei" é minha cara. Não curto seu misticismo, mas curto sua irreverência. E Raul, assim como eu, tinha seu lado brega; antes de ser Raul Seixas, era Raulzito, um compositor de músicas românticas. É dele o maior sucesso do, hoje esquecido, José Roberto, "Lágrimas nos Olhos", é de sua autoria, talvez o maior sucesso do Jerry Adriani, "Doce Doce Amor".  No seu segundo disco, o homem compõe um bolero hilariante, uma sátira aos cantores românticos bregas(ele até simula um choro, no final da canção-rs), "Sessão das Dez", e assina Raulzito.

O chato Marcelo Nova, lhe dá apoio, tentando reerguer sua carreira. É o único artista que vai em seu enterro. Sarcástico e crítico de tudo, de todos, até de si mesmo, isso era de se esperar: o isolamento.
A cantora Jane Duboc diz que era sua amiga, mas se afastou dele, pois o mesmo estava se auto-destruindo.

Não obstante, eu que não sou gênio(só sou gênio ruim-rs), nada sou, sou apenas um grande antissocial. Aliás, faço uma pergunta, aos que me dão a honra de ler meus humildes textos: vocês conhecem alguém mais antissocial do que eu?

Cowboy Fora Da Lei

Raul Seixas

Mamãe, não quero ser prefeito
Pode ser que eu seja eleito
E alguém pode querer me assassinar
Eu não preciso ler jornais
Mentir sozinho eu sou capaz
Não quero ir de encontro ao azar
Papai não quero provar nada
Eu já servi à Pátria amada
E todo mundo cobra minha luz
Oh, coitado, foi tão cedo
Deus me livre, eu tenho medo
Morrer dependurado numa cruz
Eu não sou besta pra tirar onda de herói
Sou vacinado, eu sou cowboy
Cowboy fora da lei
Durango Kid só existe no gibi
E quem quiser que fique aqui
Entrar pra historia é com vocês!

Sessão das 10

Raul Seixas

Ao chegar do interior
Inocente, puro e besta,
Fui morar em Ipanema,
Ver teatro e ver cinema era a minha distração.
Foi numa sessão das dez
Que você me apareceu, me ofereceu pipoca,
Eu aceitei e logo em troca
Eu contigo me casei.
Curtiu com meu corpo
Por mais de dez anos
E depois de tal engano
Foi você quem me deixou. (2X)
Curtiu com meu corpo
Por mais de dez anos,
E foi tamanho o desengano
Que o cinema incendiou.

Ouro de Tolo

Raul Seixas

Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês...
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73...
Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado
Fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa...
Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa...
Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado...
Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado...
Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Prá ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos...
Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco...
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal...
E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social...
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador..

Paranóia

Raul Seixas

Quando esqueço a hora de dormir
E de repente chega o amanhecer
Sinto a culpa que eu não sei de que
Pergunto o que que eu fiz?
Meu coração não diz e eu...
Eu sinto medo!
Eu sinto medo!
Se eu vejo um papel qualquer no chão
Tremo, corro e apanho pra esconder
Com medo de ter sido uma anotação que eu fiz
Que não se possa ler
E eu gosto de escrever, mas...
Mas eu sinto medo!
Eu sinto medo!
Tinha tanto medo de sair da cama à noite pro banheiro
Medo de saber que não estava ali sozinho porque sempre...
Sempre... sempre...
Eu estava com Deus!
Eu estava com Deus!
Eu estava com Deus!
Eu tava sempre com Deus!
Minha mãe me disse há tempo atrás
Onde você for Deus vai atrás
Deus vê sempre tudo que cê faz
Mas eu não via Deus
Achava assombração, mas...
Mas eu tinha medo!
Eu tinha medo!
Vacilava sempre a ficar nu lá no chuveiro, com vergonha
Com vergonha de saber que tinha alguém ali comigo
Vendo fazer tudo que se faz dentro dum banheiro
Vendo fazer tudo que se faz dentro dum banheiro
Para...nóia
Dedico esta canção:
Paranóia!
Com amor e com medo (com amor e com medo)
Com amor e com medo (com amor e com medo)
Com amor e com medo (com amor e com medo)
Com amor e com medo (com amor e com medo)

Rock Das Aranhas

Raul Seixas

Subi no muro do quintal
E vi uma transa
Que não é normal
E ninguém vai acreditar
Eu vi duas mulher
Botando aranha prá brigar...
Duas aranha, duas aranha
Duas aranha, duas aranha
Vem cá mulher deixa de manha
Minha cobra
Quer comer sua aranha...
Meu corpo todo se tremeu
E nem minha cobra entendeu
Cumé que pode
Duas aranha se esfregando
Eu tô sabendo
Alguma coisa tá faltando...
É minha cobra, cobra criada
É minha cobra, cobra criada
Vem cá mulher deixa de manha
Minha cobra
Quer comer sua aranha...
Deve ter uma boa explicação
O que é que essas aranha
Tão fazendo ali no chão
Uma em cima, outra embaixo
A cobra perguntando
Onde é que eu me encaixo?
É minha cobra, cobra criada
É minha cobra, cobra criada
Vem cá mulher deixa de manha
Minha cobra
Quer comer sua aranha...
Soltei a cobra
E ela foi direto
Foi pro meio das aranha
Prá mostrar como é
Que é certo
Cobra com aranha
É que dá pé
Aranha com aranha
Sempre deu jacaré...
É minha cobra
Cobra com aranha
É minha cobra
Com as aranha
Vem cá mulher deixa de manha
Minha cobra
Quer comer sua aranha...
É o rock das aranha
É o rock das aranha
É o rock das aranha
É o rock das aranha
Vem cá mulher deixa de manha
Minha cobra
Quer comer sua aranha!

Preenchendo O Vazio da Existência(5- me esqueci de um item bem importante-rs)

Hoje, depois de desligar o pc, na parta da manhã, é que lembrei de ter me esquecido de um item bem importante, que me ajuda a preencher o vazio da minha existência:  bebidas alcoólicas.

Comecei a beber quando tinha meus 17, talvez 16 anos, não me lembro bem. Sei que, com 17 anos , peguei meu primeiro porre: num sábado , à noite, eu e um conhecido, que eu considerava meu melhor amigo, ex-colega de sala, bebemos um litro de vinho e um litro de drink dreher. Bebemos o vinho num bar e tomamos o dreher na rua, misturado com sorvete... Ficamos completamente bêbados; rapidamente, caímos no passeio, ficando desacordados. Acordei de madrugada, sem a presença de meu colega, que já tinha ido pra casa(ele me falou depois, que não se lembrava de como tinha chegado no seu lar...). Ao chegar em casa, meus pais me esperavam, já que foi a primeira vez que cheguei em casa tão tarde. Minha mãe chorou. Meu pai me deu um banho frio. Eu tinha que trabalhar no dia seguinte, mas a ressaca me impediu(eu trabalhava no Mercado Central). Nunca mais tomei drink dreher.

No ano seguinte, ainda trabalhando no Mercado Central, eu , numa plena terça-feira , à tarde, de folga, chateado, tomei uma cerveja e cinco doses de pinga após,  o único tira-gosto que comi, foi uma minúscula batatinha cozida. Fiquei bem bêbado, mas, desta vez, não caí na rua, dei vexame em casa... Aí , achei melhor não beber mais pinga...

Durante grande parte da minha vida, a bebida que mais bebi foi cerveja. Nunca fiquei bêbado com cerveja, que é uma bebida que me enche; nunca bebi mais que quatro garrafas, sendo que a grande maioria das vezes, em que eu bebia, eram apenas três garrafas.

Era praxe, eu bebia apenas uma vez por semana.

Perto do final dos anos 70, voltei a beber pinga. Em 1979, ao chegar no apartamento da minha avó materna(eu morava com ela, naquela ocasião),  não consegui abrir a porta. Eu estava muito esquisito. Minha avó disse que meus olhos, pareciam ser de uma pessoa drogada(nunca usei drogas). Resolvi, novamente, parar de tomar pinga.

Nos anos 80, dei-me o luxo de tomar campari. Eu tomava umas 4 doses... Nunca fiquei bêbado com campari. Com a queda do meu poder aquisitivo, fui obrigado a parar de beber a amarga, mas gostosa, bebida vermelha.

Ainda nos anos 80, comecei a gostar de menta e anis . Só que eu bebia era em casa, pouco antes de sair para a rua.  Acabei enjoando...

Quando eu juntei os panos com a minha mulher, adquiri o hábito de beber em casa, no começo da noite, ao lanchar. Voltei a tomar pinga.

Acabei optando pela pinga, abandonando um pouco a cerveja, até mesmo pela constante queda do meu poder aquisitivo. Outro grande porém da cerveja: ela me faz urinar demais. Já passei muito aperto na rua, dentro de ônibus, daí...

No começo dos anos 90, comecei a beber diariamente, mormente em casa, na hora do lanche, à noite.

No ano passado, ou retrasado, resolvi tomar , num bar que frequento, vinho e pinga juntos: duas doses de pinga e um copo de vinho. Não notei efeito algum, a não ser um calor excessivo tomando conta de mim, o que me fez voltar a beber só mesmo pinga.

Gosto de vinho. Não sou muito chegado em vodka, a não ser misturada com refrigerante. Não gosto de Whisky e nem de conhaque.  Não me atrai bebidas doces.

A pinga , uma bebida , genuinamente, brasileira, é bem mal vista por uma grande parcela da população. No entanto, eu gosto da bebida. Ela abre muito o apetite; me dá ânimo. Com o passar do tempo, aprendi a beber, não cometendo mais excessos. Além do mais, me alimento bem, ao beber.

A bebida foi uma das coisas na vida que ficou, que me ajuda a preencher o vazio da existência. Há 40 anos que bebo...  Saúde!

You're Not Drinkin' Enough

Don Henley

I can see that you haven't recovered from the girl who let you down And you'd sell what is left of your soul for another go-round You keep telling yourself she means nothing and maybe you should call her bluff But you don't really believe it You must not be drinking enough Well, the perfume she wore you can buy down at the Five & Dime But on some other woman It don't smell the same in your mind You keep telling yourself you can take it- Telling yourself that you're tough But you still wanna hold her You must not be drinkin' enough You're not drinking enough to wash away old memories And there ain't enough whiskey in Texas to keep you from beggin' ,"Please, please, please." She passed on your passion and stepped on your pride Turns out you ain't quite so tough 'Cause you still wanna hold her You must not be drinkin' enough Ay-yi-yi-yi Ask yourself why You still wanna hold her You must no be drinkin' enough Ay-yi-yi-yi, etc.......

Preenchendo O Vazio da Existência(4)

Sexo é algo muito prazeroso, e tenho meu lado voyeur . Quando adolescente, frequentei muito o cinema, a ver filmes eróticos e pornochanchadas. Nos anos 80, conheci as películas pornográficas. No entanto, não gosto de ver- e muito menos praticar- sexo grupal, swing, etc... E desde que  vi o filme , "Vanessa, A Insaciável", nos anos 70, ainda adolescente, minha preferência como voyeur é ver cenas de lesbianismo, que me excitam muito(embora eu não gostaria de ver minha amada com outra mulher...rs). Ao ver uma simples cena de um homem com uma mulher, não sinto bem tesão...

E penso que o mundo não teria graça alguma, se não existissem mulheres. E celebridades femininas, como atrizes e modelos, fazem parte das nossas fantasias. E, como sempre, citei as que mais mexeram comigo.

Apesar de não ser fanático com animais, adoro um papagaio.

O computador foi uma das maiores invenções humanas.

Será que alguém notou que dentre as coisas que gosto, que preenchem o vazio da minha existência, faltaram amigos e família?  E por que coloquei amor/paixão no final?
A resposta , creio eu, poderia ser bem simples: tudo decorre da minha dificuldade em me relacionar com as pessoas. Da minha família, só sinto falta da minha mãe. Cheguei a crer que tive amigos, cheguei a lhes dar valor, mas tudo passou; creio ter tido colegas, os tais amigos ocasionais.  Me casei uma vez, namorei poucas vezes, fiquei com poucas mulheres, me apaixonei, sendo rejeitado, algumas vezes... e tudo passou,nada ficou.
Eu acho os relacionamentos, mais ainda os amorosos, bem complicados, de uma enorme complexidade.
Por incrível que pareça, a mulher que mais gostei em minha vida, foi no âmbito virtual, uma mulher que não cheguei a conhecer pessoalmente.  Ela seria a minha maior paixão, pelo fato de ser virtual? Será que isso tem a ver com idealização, com fantasia?  Por que eu que desgosto facilmente, que costumo isolar , ficar com antipatia, da pessoa a qual muito brigo, não consigo ficar com raiva dela? Por que, quando recebo um e-mail, como o que ela me mandou neste final de semana- por motivo de força maior- me balanço, tenho minhas recaídas?  Isso é amor? É falta de vergonha na cara e de amor próprio?  É, simplesmente, uma loucura de minha parte? É devido eu estar muito carente?

E numa das fotos, com a presença da Malu Mader, cito a minha descrença pelo amor; fato que revelei para ela, há quase quatro anos atrás. E por isso e pelo malogro do nosso affair, que deixei a foto romance/amor como o último item das coisas que preencheram o vazio da minha existência.

OBS.: Apesar de muitos blogueiros já terem feito seus memes, acho que seria interessante, que, cada um deles, falasse das coisas que preenchem seus vazios, do que gostam, do que gostaram e já não gostam mais...

Preenchendo O Vazio da Existência(3)

Citei o Programa Silvio Santos, nem sei bem o porquê.  Acho o apresentador uma pessoa carismática e simpática, no entanto, não cheguei a ser um fã dele. Contudo, houve uma época, no final dos anos 70, pasmem, eu assistia o programa dele completo, das 11 às 19 (ou 20) horas.rs. Com o passar do tempo, o programa foi caindo de qualidade. Bem, há dois anos e meio que estou sem televisão, todavia, até quando eu assistia TV, no final de 2009, um domingo ou outro, eu via um trecho do seu programa, no final da noite.

O que mais me deu prazer na vida foi a música, em especial o que chamam de rock. Infelizmente, não há espaço para eu colocar, no visual do blog, muitos dos meus grupos preferidos, daí, coloquei os mais significativos. Curto também um pouco de músicas bregas/românticas, e o que eu mais gosto, disparado, desta turma, é o cantor Paulo Sérgio, cujo repertório me cativou muito, mais ainda na minha adolescência.

Filmes de terror, dos bem antigos, também fizeram muito minha cabeça. Mas, digo que o começo do fim dos filmes de terror, foi com o "O Exorcista". Um bom filme,  mas que não me agradou tanto como as películas anteriores do horror. À partir daí, os filmes de terror, se tornaram explícitos, sendo raros os que cheguei a gostar.

Assim como fiz com os grupos de rock, relacionei algumas séries norte-americanas, que tanto me cativaram. Deixei de fora coisas que adoro, como "Agente 86", "A Noviça Voadora", "Zorro"...

Na comédia , minha maior paixão foi "Os Três Patetas". Mas curto muito "O Gordo e O Magro", W.C. Fields e tantos outros.  E o humor neurótico, paranoico e questionador de Woody Allen , não poderia ficar de fora.

Tenho simpatia pelo marxismo. Já fui fanático, hoje não mais sou. Ando cada vez , mais apolítico, ou seria melhor dizer, anti-político?  Às vezes, tenho recaídas, até mesmo porque sou bem mais anti-capitalista do que socialista. Admiro a Stalin, um grande líder, o maior político de todos os tempos.

Na literatura, cheguei a me interessar por filosofia, principalmente a grega , e psicanálise. Mas esses temas não ficaram. Ficaram o pessimismo/realismo de Schopenhauer, autor de livro, "O Mundo Como Vontade e Representação", um livro, que posso dizer, definitivo em minha vida; e a obra terrorífica, trágica de Edgar Allan Poe.

continua...rs

Preenchendo O Vazio da Existência(2)

Creio ser fácil de entender, para quem observa o layout do meu blog, o porquê do título, "Preenchendo O Vazio da Existência". Navegantes mais atentos, observadores, devem perceber o quão pouco de coisas na vida eu gosto, e, certamente, reparam que parei, estacionei no tempo.

Do Pink Floyd à foto da Malu Mader, na pele da LL(elas são parecidas), tudo que relacionei foi muito significante na minha vida.

Já gostei de outras coisas, como futebol, telenovelas, Programa Silvio Santos; fui fanático com ônibus, durante uns poucos anos da minha adolescência, querendo ser motorista, e tomando ônibus sem necessidade, só para apreciá-lo. Neste caso, foi uma forte monomania. Eu reparava o ônibus todo, detalhadamente, e sabia de cor um tanto de marcas de carrocerias. Em algumas linhas, eu sabia quantos ônibus faziam parte da frota, com seus respectivos números e marcas. E eu falava muito sobre isso com as pessoas. Uma vez, uma empregada da nossa casa, começou a falar comigo e outra pessoa-não me lembro mais quem- que acabava de ter andado num ônibus, que era muito novo e bonito, ela ficou falando muito, em detalhes, até que disse: "Epa, eu tô ficando igual ao Verden... essa doença pega."rs. Porém , os modelos dos ônibus foram ficando mais feios, sem imaginação, e eu parei de gostar disso. A vontade de tirar carteira de motorista passou... Cheguei também a gostar de carros, mas tudo passou rápido; hoje não gosto mais.

Confesso que foi bem frustrante , eu ter sido ruim de bola(mau jogador). Mas não foi bem esse o motivo de eu ter desgostado de futebol. A meu ver, futebol é um esporte bem corrupto, e isso não é apenas por causa dos cartolas. Tanto que faltas são constantes na competição. O artilheiro marca um gol com a mão... É um jogo também extremamente violento. O perde e ganha é enfadonho, na minha opinião. Um craque é odiado quando é jogador de um time rival, mas se torna amado, ao jogar no nosso time... As provocações entre as torcidas, igualmente, não me agradam. E que coisa mais grotesca: pularmos, gritarmos, com um gol do nosso time.

Telenovela é uma grande alienação, eu penso. Uma perda de tempo enorme, que , pra mim, não passa de cabide de emprego para os atores. E o mais impressionante de tudo é que o povo não cansa... Já até segui boas novelas, mas foram poucas mesmo. E as boas, com poucas exceções, foram as que tinham pitadas cômicas, como "O Bem Amado".

continua...

Preenchendo O Vazio da Existência

Peregrinos

Algumas vezes você se sente tão longe,

Distante de toda a ação do jogo

Impossibilitado de coomprender significados,

Marcando a trama com uma reservada tristeza

Preso no centro do palco,

Procurando pelo seu diário por uma página perdida:

Incerto do sonho

Chutando uma pedra pela praia

Machucando-se por amor e comforto fora do alcançe

O caminho em frente pareçe ser tão escuro

Não há ninguém com nenhuma amizade restante para falar

Ou mostrar alguma relação

Entre as suas situações do presente e do futuro...

Perdido no sonho

Longe, Longe, Longe -- Olhe para o dia futuro

Para esperança, algum tipo de paz

Dentro da crescente tempestade.

Eu escalo pela noite

Vivo e acreditando

Que ao tempo todos deveremos saber nossos objetivos

E intão, nosso lar

Por enquanto, tudo é secreto -

Mas como eu poderia dizer,

Permita-me o sonho no meu olho!

Eu estive esperando por tanto tempo

Só para ver, finalmente, todas as mãos firmemente apertadas,

Todos nós peregrinos

Andando em silêncio pela costa,

Meramente por uma jornada - aqui a esperança é a maior,

Meramente para saber que há um fim;

Todos nós - amantes, irmãos, irmãs, amigos

De mãos dadas

Pegadas brilhantes na areia molhada

Lideram até o sonho.

O tempo chegou, a maré quase correu

E drenou o fundo: Eu levanto-me de um sono de toda a vida.

Parece tanto tempo

Eu sonhei, mas agora acordado,

Eu vejo que somos peregrinos e então,

Devemos andar esta rua,

Desconhecido em nossos propósitos,

Sozinhos, mas não desvalorizados,

E o lar nunca nos chamando.

Nós esperamos aqui por tanto tempo,

Todas nossas mãos juntas em esperança,

Segurando o peso na corda

Todos nós, Peregrinos.(Peter Hammill)

House With No Door

There's a house with no door and I'm living there
at nights it gets so cold and the days are hard to bear inside.
There's a house with no roof, so the rain creeps in,
falling through my head as I try to think out time.
I don't know you, you say you know me, that may be so,
there's so much that I am unsure of ...
You call my name, but it sounds unreal, I forget how I feel,
my body's rejecting the cure.
There's a house with no bell, but then nobody calls;
I sometimes find it hard to tell if any are alive at all outside.
There's a house with no sound; yes, it's quiet there ...
there's not much point in words if there's no-one to share in time.
I've learned my lines, I know them so well, I am ready to tell
whoever will finally come in
Of the line in my mind that's cold in the night, it doesn't seem right
when there's that little dark figure running ...
There's a house with no door and there's no living there:
one day it became a wall ... well I didn't really care at the time.
There's a house with no light, all the windows are sealed,
overtaxed and strained NOW NOTHING IS REVEALED BUT TIME
I don't know you, you say you know me, that may be so,
there's so much that I am unsure of ...
You call my name, but it sounds unreal, I forget how I feel,
my body's rejecting the cure .....
Won't somebody help me ......?(Peter Hammill)

The Aerosol Grey Machine

Just one breath, and it's instant death,
it's the Aerosol Grey Machine!
Just one breath, and it's instant death,
it's the Aerosol Grey Machine!
You're walking along the road one day,
up comes a man dressed all in grey;
he blows a little aerosol in your face
and you find your mind's all over the place...
Just one breath, and it's instant death,
it's the Aerosol Grey Machine!
(hype:) "Buy an Aerosol Grey Machine for your own home today!"
(dissent:) "Shan't. Shan't. I'm not going to!"
(sniggersnigger. chortle.)(Peter Hammill)

Emperor In His War Room

i. THE EMPEROR
Standing in the space that holds the silent lace of night
away from you
You think that you can hold the searing, moulten gold between
your fingers ...
But it slips through, tearing tendons as it goes,
exposing the white of a knuckle ...
flesh-and-metal forming letters in the mould.
Cradling you gun, after choosing the ones you think should die-
Lying on the hill ... crawling over the windowsill into your
living-room
They stare out, glass-eyed aimless heads,
bodies torn by vultures ..
you are the man whose hands are rank with the smell of death.
Saviour of the Fallen, Protector of the Weak,
Friend of the Tall Ones, Keeper of the Peace ...
Ah, but it is the only way you know .....
Looking out to sea, a flattened plane of weeds which bear no living
You crush life in your fist as your heart is kissed by the lips
of death
Ghosts betray you, ghosts betray you, in the night they steal your eye
from its socket ...
and the ball hangs fallen on your cheek.
Complaining tongues are stilled; a thousand mouths are filled
with rusting metal.
Your face a shade of green; somehow you try to speak through all the
garbage in your mouth
But it won't come out, and you cannot frame the words
as your stepson
throws your fame into the flames and you are burned.
Saviour of the Fallen, Protector of the Weak,
Friend of the Tall Ones, Keeper of the Peace.
Ah, but it is the only way you know ..........
ii. THE ROOM
Live by sword and you shall die so,
All your power shall come to nought,
every life you take is part of your own,
death, not power, is what you've bought.
Cringing in your room as the outriders of doom step
on your threshold;
Begging for your life as the impartial knife sinks in your
screaming flesh ...
without malice, merely taking murder's toll,
you must pay the price of hate, and that price is
your soul ....
Live in peace or die forever in your war-room.(Peter Hammill)