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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O Tango e Eu







Quando eu tinha 13 anos,  gostava muito de escutar o disco, "Tangos Com João Dias". Os adultos ficavam admirados de como um jovem poderia gostar tanto de tango assim...
Muitas das músicas desse disco estão gravadas na minha mente. A minha canção preferida era "Ruína"(minha mãe  também a adorava). Já postei a letra de algumas músicas do disco, no blog dos delírios, "Escravo do Teu Beijo...".

As letras eram românticas e bem dramáticas, no entanto , uma delas destoava, "O Penado 14", que também era dramática, mas sem romantismo.  Chega até ser cômica, e haja imaginação dos seus autores.rs
Eu costumava cantá-la, numa das firmas que trabalhei; o pessoal ria...

João Dias(1927/1996) era um grande intérprete. Foi o idealizador e responsável pela Lei de Direito Conexo, que, tendo sido aprovada e regulamentada em 1968, garante ao intérprete receber direitos pela execução posterior de suas gravações, o que anteriormente era restrito aos autores.



O Penado 14

João Dias

Composição: Magaldi / Neda / Carlos Pecci - Versão de Giusepe Chiaroni
N'una cela sombria, do presídio distante,
O penado 14, seus dias foi findar,
Dizem os companheiros, que o pobre presidiário,
Morreu fazendo gestos, na ânsia de falar.
Naquela noite fria, o preso delirava,
Seu rosto tão estranho, fazia pena ver,
Nenhum dos carcereiros, porém teve piedade,
Nenhum entrou na cela, querendo compreender.
Deixou uma carta escrita, com frases tão dolentes,
Que um velho presidiário, ao ler se comoveu,
O próprio fratricida, de alma tenebrosa,
Em toda uma existência, o amor não conheceu.
E na carta dizia, ao juiz eu peço,
Pra ver minha mãezinha, imploro por favor,
Pois ao fechar meus olhos, eu quero dar um beijo,
Na fronte envelhecida, do meu primeiro amor.
E na cela sombria, do presídio distante,
Seu mísero destino, em lágrimas findou,
E a última lembrança, foi a mãezinha santa,
Que o encontrou sem vida, e a fronte lhe beijou.
Deixou uma carta escrita, com frases tão dolentes,
Que um velho presidiário, ao ler se comoveu,
O próprio fratricida, de alma tenebrosa,
Em toda uma existência, o amor não conheceu...

continua...

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