Recentemente, descobri algo, na internet, sobre dois roqueiros que gosto muito, dois joões, John Lodge e John Tout, respectivamente, baixista do Moody Blues e tecladista do Renaissance. Foi inusitado o que descobri.
John Tout
John Tout foi tecladista do grupo de rock progressivo, Renaissance, no período de 1972 a 1979.
A atração principal do grupo era a vocalista soprano Annie Haslam, que encantava a todos com seu belíssimo e angelical vocal.. Contudo, o piano de John Tout foi outro grande destaque do Renaissance. John era um especialista, um virtuose no piano, de formação clássica. É o pianista que mais gosto no rock.
Na semana passada, resolvi procurar, no google, sua discografia, na expectativa de baixar discos solo do mesmo. Não encontrei nada, a não ser uma entrevista datada de 1998. John revela que começou a tocar piano aos 4 anos de idade. Com 8 anos, lecionou piano, em aulas dadas por uma professora vitoriana. Estudou piano durante 8 anos. Sua professora jamais lhe falou sobre seu progresso como pianista, e ele próprio disse que não tinha teoria.
O notável pianista revela também que nada fez depois que saiu do Renaissance. Fiquei chocado ao ele dizer que ficou dez anos sem tocar, devido a morte da sua irmã, que era pianista como ele, e os dois tocaram juntos por três anos. Depois de sua morte, ele se entregou, não tinha nem vontade de sair da cama, até que um amigo o aconselhou a procurar um terapeuta. Com a terapia, ele voltou a viver. Seus planos eram voltar a compor e se tornar um professor de piano. Disse ter uma vizinha, que está aprendendo a tocar piano, que volta e meia o procura. Ele se diz uma pessoa que gosta de ajudar os outros, um ser paciente, que gosta de divertir outrem.
John Lodge
No post "Moody Blues", relato o estilo de compor do baixista John Lodge, que costumava a apresentar duas canções em cada álbum do Moody Blues, uma mais agitada e a outra uma balada.
Com o passar do tempo, John passou a dar mais ênfase nas baladas românticas, o que fez com que eu o chamasse de o homem mais romântico do mundo. Interessante, é que seu apelido é "Rocker"(Roqueiro).
Descobri, no google, que o roqueiro se casou aos 25 anos, em 1968, e está casado com a mesma mulher até hoje. Isso é impressionante, ainda mais em se tratando de celebridades. O Moody Blues não é muito conhecido no Brasil, mas tem muita fama e prestígio na Inglaterra e nos Estados Unidos. John Lodge tem pinta de galã, e, certamente, deve ser muito assediado pelas mulheres... Ele tem um casal de filhos. Sua filha mais velha é atriz, Emily Lodge. John compôs uma música em sua homenagem, "Emily's Song", postada no post, "Moody Blues", uma belíssima e terna canção de ninar. John é cristão convicto.
Conclusão
O que me deixa admirado a respeito desses Joões, é : John Lodge se mostra uma pessoa estável, provavelmente equilibrada, a levar uma vida regrada, um romântico, um homem de família.
John Tout tinha um apego enorme por sua amada irmã. Possivelmente, John Lodge também deve ser apegado à sua esposa e filhos. Eu não costumo me apegar nas pessoas. Não fui apegado nem na minha mãe, nós nos amávamos, mas cada um no seu jeito. Quando viva, eu , com medo, pensava na possibilidade dela morrer antes de mim, mas achava mais provável eu partir primeiro, até mesmo pelo meu niilismo, meu pouco interesse pela vida. Eu pensava que jamais me recuperaria, se ela morresse, que entraria em depressão. Nada disso ocorreu. Os dois primeiros dias, depois de sua morte, foram terríveis, a primeira semana foi dolorida... Depois, me recuperei, superei. Sinto falta dela, mas não tanto como pensei que sentiria. Creio que isso também seja pelo fato que nunca fomos muito ligados um no outro. Na minha adolescência, tivemos muitos conflitos. Minha mãe não me entendia e vivia a me criticar. Nossos gostos eram bem diferentes, nossos pontos de vista idem. Até mesmo quando eu dizia que determinada atriz era bonita, ela balançava a cabeça negativamente e dizia: "que gosto...". E eu, mesmo usando o termo, "bons tempos", não sou de sentir saudade. Me parece que tudo na minha vida foi falso, tudo muito fugaz. Entretanto, de uns três anos pra cá, me apeguei numa pessoa, e sinto saudades do nosso primeiro ano de contato, quando os conflitos não eram muito frequentes, e sua companhia era um bálsamo pra mim. E , ontem, fui estúpido com ela. Minha estupidez, me revolta , me envergonha. Pedi perdão, mais um perdão, será que adiantará? Ela me perdoará?
Só mesmo uma anta pode ser estúpido com a pessoa que ama, eu sou uma anta!!!