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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Minha Saga Com Os Profissionais da Psique(5)


8) A Última Psicoterapeuta

Eu morava com a minha mãe e seu companheiro, desde o ano 2000.
Minha mãe, preocupada com o meu nervosismo, com a minha cabeça quente, queria que eu procurasse  um profissional da psique...
Mais uma vez, reluto, mas vou...
Isso foi,  aproximadamente, há  uns dez anos atrás.

A psicóloga, parecia até ser um pouco mais velha do que eu, parecia ser nordestina.
Ela estava para se formar em psicanálise.

No nosso primeiro encontro, penso que movido por tanta coisa ruim dentro de mim, sem me desabafar, falo, em primeiro lugar sobre o meu pai(já falecido), e digo que ele não era de conversar comigo, e desabo a chorar(rs). Ela me abraça(rs).

Ela quer que deito no divã, eu não deito.

Na segunda consulta, ela insiste para que eu deite no divã, eu reluto. Ela insiste, eu deito.
Não gostei!

Na terceira consulta, novamente , reluto em deitar no divã, ela diz que assim , me relaxo... Eu digo que não me relaxo.
A contra-gosto,deito.

Bem, além de eu detestar divã, já que gosto de olhar cara a cara para as pessoas, e não importa se seja um profissional da psique, eu achei que ela estava me tratando como um menininho, chegou até a me delegar uns para-casas, no qual eu diria o que penso de todos que estavam a minha volta. Quis que minha mãe e o seu companheiro comparecesse nas terapias. Ora, ainda mais um homem das cavernas como o companheiro da minha mãe,  que era tipo igual meu pai.
Além disso, ela, falou o tal: não faça isso, faça aquilo.

E não voltei mais lá. Minha mãe ficou chateada, mas, não voltei mesmo!

As duas últimas psicoterapeutas, me faz questionar um pouco: será que o método de psicoterapia mudou?
Será que estou tão intolerante, impaciente, que não quero mais psicoterapia?
Bem, minha resposta é que não gostei delas, e que não tenho mais paciência de fazer análise.

As psicoterapias, foram mais uma coisa na minha vida, que acredite-nem tanto assim- mas que passou.

Esclarecendo: não cheguei ser um mau elemento. Nunca usei drogas, e minha agressividade teve um limite, era mais verbal até. Não fui bem mandado,mas acabava fazendo o que meus pais queriam, com muita má vontade, o que os irritava. Meus pais mudavam como ciganos, mas ficamos de 1969 a 1973 morando num mesmo lugar. Moramos  num prédio; em frente do prédio tinha uma padaria, que vendia mais coisas além de pão- minha mãe nunca atravessou os pouquíssimos metros para comprar alguma coisa lá, eu é que fazia as compras-meu irmão também, mas muito pouco. E tínhamos uma empregada, de segunda a sábado. Tínhamos uma lavadeira, passadeira...

Pensando bem, não é melhor viver só?
E mesmo sabendo que não devemos dizer" desta água não bebo",não pretendo mais voltar a fazer psicoterapia.

Minha Saga Com Os Profissionais da Psique(4)


6) Uma Forte Depressão

No primeiro semestre de 1987, me bate uma depressão brava! Dormia mal, perdi o apetite...
Foi aí que revelei que em 1985 havia procurado uma psicóloga.
Minha mãe mandou eu procurar a Beth.

Foi só uma consulta, pois a Beth percebendo que meu caso era bem sério, me encaminhou para um psiquiatra.

O psiquiatra era idoso. Minha avó materna falou que já havia se consultado com ele, e que o mesmo era muito conceituado.

Fui em seu consultório apenas uma vez. Interessante foi que quando mencionei Nietzsche, ele ficou entusiasmado, falando sobre o filósofo alemão(rs). Uma coisa que não gostei nele, foi que ele falava coisas tipo: "vc não deve fazer isso, vc deve fazer aquilo". Os outros psicoterapeutas não me disseram coisas assim.
E não gosto quando qualquer pessoa me diz o que devo ou não fazer, a não ser em casos extremos, já que, às vezes, é bom que alguém nos alerte, puxe até a nossa orelha, para que não façamos bobagens.
O psiquiatra me receitou anti-depressivos, e, em poucos meses, melhorei.

7) AIDS?!

Em agosto de 1991, eu e minha mulher nos separamos. Passo a morar com meus pais, que, depois de 37 anos de casados, se separam no final de 1992. Fui morar com a minha avó materna.

Até pouco mais dos meus 30 anos, fui magrelo: 55 a 57 quilos pra 1,72 de altura.
Depois fui engordando, chegando a pesar 70 quilos. Me sentia muito bem, quando alguém chegava pra mim e dizia que eu estava mais gordo. Meu físico estava legal. Um conhecido ao falar que engordei, lhe respondi: é cachaca.rs. Ele, rindo, falou: "mas vc não está inchado".rs

Passei a morar com a minha avó em 05.12.1992. Em um ano, perdi 10 quilos. Fiquei preocupado, mas minha mãe ficou mais ainda. Fiz exames de sangue para diabetes, tudo beleza.

Aí a mama me sugeriu que eu fizesse um exame para AIDS(rs). Achei bobagem, pois naquela época, heterossexual não contraia a doença. Nunca tive relação homossexual, não sou hemofílico, nunca sofri transfusões de sangue ou usei drogas, transei com poucas mulheres na vida...

Diante da insistência da minha querida mãe, fui fazer o exame. Novamente, o cunhado dela, neurologista, me indicou uma médica, era de hospital público.

Ao chegar no hospital, um fato estranho ocorreu, pois a médica diz que não conhecia o cunhado da minha mãe, e que ela era psicóloga(não havia nada agendado). Acabei contando o lance da minha magreza e revelando os dramas mais recentes por quais eu havia passado: minha separação, separação dos meus pais...
Ela, de acordo com meus relatos, achou bobagem eu fazer o teste da AIDS, já que eu não fazia parte do grupo de risco, mas que poderia me dar uma guia, caso eu quisesse.  Eu não quis. No entanto, ela achou aconselhável uma psicoterapia, o que achei interessante.

Todavia, acho que não fiquei na terapia nem por dois meses.
Não gostei da psicóloga. Ela era bem mais jovem do que eu; magrinha, baixinha. Às vezes, eu fazia uma pergunta pra ela, que sempre respondia com uma  outra pergunta- eu acabava ficando nas nuvens. Me pareceu que ela queria mais era me repreender. Além disso, ela vivia chegando atrasada nas consultas, e nem satisfação dava.  Falei que não voltaria mais no consultório, e ela, teimosa, autoritária, falou que eu iria voltar sim, que a consulta seguinte ficaria na agenda. Não voltei mais lá.

Ela foi a primeira profissional da psique, que, realmente, não gostei, que não me passou, como os outros passaram, um sentimento de amizade e solidariedade.

Quanto à minha magreza, eu suponho, que foi devido às constantes caminhadas, que eu fazia, quando morava com a minha avó. Minha vida , morando com a minha ex e meus pais, era mais sedentária. E a alimentação na casa da vovó, era mais pobre(rs). Meu peso se estabilizou. E, depois de 2000, quando passei a morar com minha mãe e seu companheiro, voltei a engordar(rs). Voltei a emagrecer ao morar sozinho, e hoje peso por volta de 63 quilos.

...continua

Minha Saga Com Os Profissionais da Psique(3)


Em 1984, resolvi escrever minhas memórias(rs). Penso que para uma pessoa com 28 anos, chegar ao ponto de escrever sua biografia, é que a sua vida não anda nada legal. Eu já estava mais morto do que vivo.
Me achava incompreendido pelas pessoas, e resolvi contar nas memórias muita coisa que quase ninguém sabia, achando que me compreenderiam, que perceberiam que fui, pelo menos, uma vítima das circunstância, uma vítima do destino. E pensei mais foi na minha mãe, com relação a tal coisa, já que ela não me entendia(deixei um aviso na introdução, que só poderiam ler, depois da minha morte-rs).

As memórias foram interrompidas depois que me casei, no segundo semestre de 1987.
Com o tempo, percebi que escrever minha auto-biografia , foi uma grande tolice. Qualquer pessoa que lesse, incluindo minha mãe, não me apoiaria, continuaria a não me compreender, achando mesmo que eu era uma pessoa complicada, talvez até com mania de vítima, que só culpava os outros pelo seus próprios erros(rs).  Além do mais, eu estava bem mais prolixo e explicando em excesso as coisas, bem mais do que hoje(rs). Outro porém: meu português também estava bem pior... Só não rasguei a biografia, devido às datas, a ordem cronológica dos fatos, e igualmente que há algumas coisas engraçadas(eu nunca deixo , apesar dos pesares, de perder totalmente o senso de humor), principalmente alguns detalhes de umas relações sexuais(rs).

5) Contando Tudo

Em 1985, resolvi procurar um psicólogo. Eu queria, necessitava, desabafar com mais intensidade, contando o que não havia ainda contado para ninguém. Encontrei uma psicóloga, através da lista telefônica. Contei que eu estava desempregado, e ela fez um desconto de 50%, nas consultas.

Seu nome era Elizabeth, Beth. Mais velha do que eu, um pouco alta, clara, magra, de cabelos pretos. Tinha o tipo de professora. Não era bonita, mas nem feia(rs). Séria e discreta. Gostei dela(não como mulher, por bem dizer, mas como psicóloga.

Achei melhor contar a minha vida toda, desde que eu me entendia por gente, fato que ocorreu , quando eu tinha por volta de 6 anos. O desabafo foi bom.
Sendo o que mais me marcou, foi quando eu relatando como era meu relacionamento com meu irmão, eu chorei. Nesta época, o remorso já havia tomado conta de mim, já que fui um péssimo irmão. Movido por ciume, eu o tratava muito mal, sempre gostava de derrubá-lo. Não havia amor em mim.
O mais curioso do relato é que a Beth disse não ter entendido a minha emoção...

A psicoterapia mais longa que fiz foi com a Beth, mas não chegou a durar um ano. Quando achei que era melhor terminar tudo, ela relutou um pouco, dizendo ser ainda necessário a continuação, falando até mesmo que não havia conseguindo entender certas facetas da minha personalidade. No entanto, eu não continuei com a terapia.

... continua...

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Minha Saga Com Os Profissionais da Psique(2)


3) Uma Pessoa Bem Intencionada

Eu estava com 26 anos, como sempre insatisfeito. Frequentava um centro espírita kardecista. Uma senhora, frequentadora do centro, sabendo que eu estava muito pra baixo, me indicou uma psicóloga espírita.
Um pouco mais velha do que eu, ela era uma moça bonita, delicada. Só fiz uma terapia.
E o  que não me esqueço foi o  que ela disse, quando eu contava meus dramas: "Você parece ser uma pessoa bem intencionada".

4) Só um louco pode abandonar um "emprego promissor"!

27 anos old years,  pedi demissão de uma multinacional,  a qual eu trabalhei por 3 anos e 4 meses.
Meus pais ficaram arrasados! Foi um Deus nos acuda! Minha mãe falava para os outros  que eu havia jogado a sorte fora. Sorte fora... eu ganhava uns três salários mínimos, não líquidos, pois havia muitos descontos no contra-cheque. Eu estava muito insatisfeito e infeliz, porém, para os meus pais e para algumas pessoas , o que importava era eu estar trabalhando... E depois consegui trabalhar em outras firmas ganhando como ganhava na multinacional. Mas, antes disso, novamente, minha mãe me mandou procurar um psicanalista. Once again, fui a contra-gosto.

E foi o psicanalista, o Guedes, o psicoterapeuta que me chamou mais atenção, mais me marcou.

Mesmo sem grosseria, a primeira coisa que disse a ele foi: não sei o que estou fazendo aqui, não queria vir .

Guedes era um típico profissional da psique, na minha opinião: de óculos, sério,com um jeito de intelectual.

Três coisas que ele me disse, que não há como esquecer:1) "Você odeia o seu irmão". Fiquei indignado, sem perder a compostura, o questionei. Ele respondeu que meu ódio era inconsciente, que como meu irmão nasceu seis anos depois de mim, eu já não  tinha mais  toda a atenção da minha mãe.
E há mais um agravante, e isso não foi ele que percebeu: minha mãe tinha uma preferência explícita por meu irmão- ela não sabia bem dividir o amor, e isso não foi só a minha pessoa que notou... é, muitas e muitas  pessoas notaram.
2) "Você diz que não gosta de chamar atenção, que não gosta de aparecer, que é discreto, mas, como vc é uma pessoa diferente, gosta de poucas coisas, não gosta de futebol, carros, automóvel , etc... vc sempre chamará atenção"
3) A terceira coisa que o Guedes disse é que mais me constrangeu: novamente, vou falar "não me lembro", sei que eu estava contando mais uma das minhas mágoas, e não me lembro qual era, e ele disse: "é que vc é uma pessoa muito carente de afeto".

E o Guedes, para minha surpresa, agia com todos clientes de uma forma, que eu achei bem diferente: ele fazia três terapias, e o paciente é que decidia se queria continuar ou não, e se não quisesse continuar, nada pagava(rs). Achei melhor não continuar.

Quem indicou o Guedes, foi o cunhado da minha mãe, um neurologista, casado com minha tia materna.
Segundo minha mãe, de acordo com seu cunhado, o Guedes falou que foi bom eu não ter feito a terapia, pois ele temia ficar igual a mim... Deu para vocês entenderem?rs. Ter o mesmo comportamento meu, que , ainda de acordo com a minha mãe, dita pelo seu cunhado, eu, para o Guedes , estava a frente do meu tempo, havia evoluído muito além das outras pessoas. Pode uma coisa dessas?rs

Mas, acho que o Guedes tinha algum problema psíquico mesmo, pois o cunhado da minha mãe , falou para nós que ele vendeu uma casa pra comprar uma sepultura, alegando que não queria dar trabalho para os outros, depois de sua morte... E ele ficou, segundo entendi, endividado.

... continua...

Minha Saga Com Os Profissionais da Psique


Quem acompanha o meu blog há mais tempo, deve ter percebido que sou louco, um louco assumido.
E creio não haver sequer um louco no mundo que nunca fez uma consulta num profissional da psique.

Fui uma criança , tranquila, comum, feliz, inocente, pura e besta, como todas as crianças normais, existentes no mundo. Mas, tudo mudou com a chegada da adolescência. Me tornei rebelde, revoltado, complicado, infeliz,com fama de genioso. Não gostava de estudar, chegando até a abandonar os estudos por três anos, no antigo ginásio; só vindo a formar aos 18 anos.
Pra mim, o fim da infância e o começo do adolescência, foi como sair do paraíso para entrar no inferno, sair de um mundo colorido para ingressar num mundo nebuloso; sair da paz para viver a guerra.
Pode parecer ridículo o que vou dizer, mas me senti traído pela vida. Tive meus prazeres, bons momentos, vivi coisas divertidas, porém, o saldo foi mais negativo do que positivo. Apesar de nesta época a Caixa de Pandora, ainda estar de posse da gente, havendo ainda esperança; somos mais animados na adolescência; com todas as amarguras, parecia haver alguma coisa boa no ar... Não obstante, aos 18 anos, eu já tinha tendências suicidas.

Minha mãe mesmo dizia: "vc foi um menino, que não me deu problema, mas na adolescência..."

Meus pais, e outros, começaram a duvidar da minha sanidade. Minha mãe insistiu muito para que eu fosse a um profissional da psique. E, a contra-gosto, acabei indo... Eu estava com 18 ou 19 anos.

Eis minha saga:

1) Um Monomaníaco

Não me lembro mais se ele era psicanalista ou psiquiatra, mas não era um psicólogo. Mais velho do que eu, claro, mas jovem. A terapia durou muito pouco. E não recordo bem se eu que me cansei(acho que foi isso sim). Segundo minha mãe, o terapeuta disse que eu não era louco; que apenas tinha idéias fixas, tipo monomania; isso era no tocante ás minhas preferências, como certas músicas e filmes, falando intensamente sobre.

2) Por que tanto fracasso e perdas?

Aos 20 ou 21 anos, muito aborrecido, e não entendendo o motivo de tudo dar errado pra mim(rs), resolvi procurar uma psicóloga, para que ela me desse as respostas(vê de pode!).

Ela era uma mulher madura, um pouco gorda, baixinha, tinha um tipo bem masculinizado, bem simpática e animada, e dona de um bom humor. Gostei dela, apesar de nem me lembrar se ela me deu as respostas. Bem, sei que fiquei pouco tempo na terapia... cansei.

... continua...

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