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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O Homem Esquizoide do Século XXI

No meu perfil do google, dou uma de profeta, prevendo que chegará um dia que a população mundial será formada por bandidos e esquizoides.  Pessimismo, exagero, será?
Creio , sim, que estamos caminhando para isso.  Há anos e anos que a frase de uma letra do Pink Floyd, composta por Roger Waters, não me sai da cabeça: "Se eu fosse um homem bom, entenderia a distância que há entre os amigos".

E há quem tenta abrandar sua solidão, navegando pelo mundo virtual. Mas a solidão permanece firme, junto com a dor, o desengano. Eu, por exemplo, quanto mais navego pelo mundo cibernético, mais descrente fico.
Eu nem estava pensando mais em postar, contudo, em dez , apenas dez dias, testemunhei fatos desagradáveis(passei por eles também), que mais uma vez comprova o quanto o ser humano não se entende, alguns até transformando coisas banais, em problemas monumentais. Discussões infrutíferas, uns se fazendo de vítimas: "o meu semelhante constantemente é o réu", e daí afora.

Acho que sou muito intolerante mesmo. Pode ser isso, parece que sou insatisfeito por natureza, e eu implico até com ela(a natureza), sou descontente com o clima-em especial com tempo nublado e chuva- com as estações, com datas festivas... Todo ano é a mesma coisa. Nada muda. E o incapaz aqui, que odeia rotina, não consegue fugir dela.

Implico com mulheres que falam palavrão, reprovo blogs com muito teor erótico, discordo veementemente ao ver mesmo um "amigo" errar, maltratar outrem. Creio que esse é um dos motivos de eu admirar o Stalin: faço muito expurgos, excluo coisas e gentes do meu rol. E resta a solidão...

No ínterim desses citados dez dias, presenciei uma forte e tola discussão de dois blogueiros, sendo que por um deles, tinha o maior apreço, e, no meu modo de pensar, o mesmo estava errado, foi indelicado, exagerado, fez tempestade em copo d'água. Fui neutro, a principio. E depois de expor minha imparcial opinião, tentando pacificar os dois, fiquei perplexo com o meu "amigo", que continuou a detonar o outro blogueiro.  No meio dessa discussão, um navegante, velho conhecido dos dois "brigões", um sujeito que sempre me pareceu antipático e arrogante, exibiu sua descrença em relação ao mundo virtual, aos relacionamentos humanos.  Mais um desencantado...

Ontem, uma blogueira, postou que se cansou de redes sociais, cansou de internet.  Com pouco mais de 20 anos, ela se sente só, descrente com os amigos,com a família, acusando aos outros de egoístas e individualistas.  Pra ela, só resta a amada mãe.  Pelo que pude entender, apenas as duas contra o mundo, encarando o mundo.

Meu único irmão tem 22 anos de casado, pai de uma moça de 21 e um rapaz de 19. É um pai rígido, mas os filhos o respeitam, têm responsabilidade, ajudando-o com as despesas- eles trabalham, além de estudar. Ele e sua esposa não se desgrudam. Ele faz as vontades dela... Seria uma família feliz?  Sei não... Quando passei uns dias na casa deles, achei-os frios, secos mesmo, mormente os filhos.  Eles não rendem assunto, mesmo em assuntos que eles gostam... São lacônicos. Pelo que pude notar, são os quatro contra o mundo, encarando o mundo.

Sou um eterno insatisfeito, sempre a questionar/reprovar o comportamento de outrem. Mas, sei que o que muitos pensam de mim, não é bom.  Minha saudosa mãe dizia que não devemos viver sempre achando que só nós é que somos honestos e bons, existem também outras pessoas com as mesmas características.
Uma coisa que notei há anos, nos chatos, é a mania deles de chamarem outras pessoas de chatas.
Bem, sei que não sou muito bem quisto, tenho fama de genioso, no entanto, me resta ao menos auto-crítica, e ,com muito orgulho, digo que sou modesto.  Então, acuso a todos(ou quase todos) de egoístas; digo que fulano de tal não tem caráter, e eu, sou um altruísta? E o que esse mesmo fulano, que digo não ter caráter, pensa de mim?

Nada salvará o homem da sua solidão, que é pior quando acompanhada. Levantando cedo, pegando ônibus ou metrô, ou dirigindo seu automóvel, ao caminho do trabalho; as mesmas caras, os mesmos problemas a nos importunar, minguados dias de folga; as férias, que passam tão rápido. O vagabundo  fica em casa à toa; alguns vagabundos se divertem; com pouca coisa para se fazer, a mente trabalha, mais até do que a dos ocupados, que trabalham. O pensamento sobre a falta de sentido da vida, o pensamento da aproximação da morte,  a insegurança com o que está por vir. "Como será meu futuro?" De que eu vou morrer"?" Terminarei meus dias desamparado?"

Ranzinza, agressivo, nervoso, desiludido, desanimado e cansado, assim estou.  O mundo virtual não preencheu o vazio da minha existência, e creio que também não preenche a solidão da maioria das pessoas.
O isolamento é a solução e é a condição do homem esquizoide do século XXI.

Homem Esquizóide do Século XXI

Unha de Gato pé de ferro
Neuro-cirurgiões gritam por mais
Na porta venenosa da paranóia
Homem esquizóide do século XXI.

Cremalheira de Sangue Arame farpado
Pira Funerária dos políticos
Inocentes estuprados com fogo napalm
Homem esquizóide do século XXI.

Semente mortal Ganância dos Homens Cegos
Crianças poetas famintas sangrando
Nada do que ele tem ele realmente precisa
Homem esquizóide do século XXI.(Peter Sienfield)

Desiludido

Estou aqui desiludido a procurar
A fé perdida, ao fim da vida, eu quero achar
Amei demais, fui bom rapaz, só fiz o bem
De tanto amar, eu me perdi, não sou ninguém
Na minha vida conheci desilusão
Gente fingida, sem amor, sem coração
Na minha vida conheci desilusão
Gente fingida, sem amor, sem coração
Muitas promessas de amor eu escutei
Da namorada, bem amada, que eu sonhei
Desiludiu-me, me perdi de uma vez
Ficou com outro, me deixou, não faz um mês
Na minha vida conheci desilusão
Gente fingida, sem amor, sem coração
Na minha vida conheci desilusão
Gente fingida, sem amor, sem coração
Os meus sonhos se esvaíram
Do meu ser para o espaço
Os meus sonhos contruídos
hoje todos destruídos
Desamor, tédio e fracasso
Na minha vida conheci desilusão
Gente fingida, sem amor, sem coração
Na minha vida conheci desilusão
Gente fingida, sem amor, sem coração(Carlos Roberto)




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