Os teus pés
Quando não posso contemplar teu rosto,
contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
teus pequenos pés duros.
Eu sei que te sustentam
e que teu doce peso
sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios,
a duplicada púrpura
dos teus mamilos,
a caixa dos teus olhos
que há pouco levantaram vôo,
a larga boca de fruta,
tua rubra cabeleira,
pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
é só porque andaram
sobre a terra e sobre
o vento e sobre a água,
até me encontrarem.
Pablo NerudaQuando não posso contemplar teu rosto,
contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
teus pequenos pés duros.
Eu sei que te sustentam
e que teu doce peso
sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios,
a duplicada púrpura
dos teus mamilos,
a caixa dos teus olhos
que há pouco levantaram vôo,
a larga boca de fruta,
tua rubra cabeleira,
pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
é só porque andaram
sobre a terra e sobre
o vento e sobre a água,
até me encontrarem.
Brincadeiras à parte, o texto, claro, não é uma exaltação aos pés, e sim à mulher toda, uma exaltação à paixão, ao amor. Me lembrei de uma pessoa, ao ler o belo texto, mas tal pessoa, não gosta nem um pouquinho de fetiche por pés.rs
Amei o poema!
ResponderExcluir:)
Um abraço!
Seu post ficou lindo!!
ResponderExcluirBeijos
Joelma
Rovênia e Ateliê, agradeço suas presenças.
ResponderExcluirFico muito contente por terem gostado.
Beijos!