Críticos(Profissionais e Amadores) - Opiniões Divergentes

Eu, assim como um tanto de mortais, tenho, bom, não vou usar a palavra ódio, tenho tentado ficar mais light(ou seria zen?), então, direi que tenho uma antipatia mortal pelos críticos.

Em termos de críticas, o que li mais foram os críticos musicais, com destaque para o rock, que é a minha maior paixão. E, durante todos estes anos, li muita bobagem, não só li, escutei também, proferida por tal classe.

Muitos artistas, o público, compartilham comigo do desdém, do asco que causa a opinião da grande maioria dos críticos. As críticas ferinas, levianas, ofendem os artistas e igualmente a seus fãs.
Dizem que Antonio Carlos Jobin diariamente urinava no tinhorão de sua casa, de tanta raiva que tinha do José Ramos Tinhorão, que era um crítico ferrenho da bossa nova.
Jaz Coleman, vocalista/líder da banda Killing Joke, foi até uma redação e jogou carnes podres e vermes num crítico que ofendeu seu trabalho musical.

Penso que não devemos nos referir a um determinado artista como "lixo", ou outros termos, como "bosta", "merda". Nem também gosto do comentário: "tal disco é ruim demais!". Quando é assim, deve-se usar a primeira pessoa: "achei o disco ruim demais!". Apesar de gosto musical ser algo subjetivo, temos de ser objetivos em nossa opinião, usando a razão, sendo imparciais.

Se uma pessoa disser que detesta Pink Floyd, que é minha banda preferida, vou respeitar sua opinião, e nem vou perder tempo de doutrinar tal pessoa. Sendo assim, poderíamos  falar sobre muitos assuntos, quem sabe... mas menos sobre Pink Floyd. E se o não fã do Floyd me disser , "não sei como vc pode gostar do Pink Floyd", eu já não gosto, me sinto ofendido, podendo até evitar contatos com a pessoa.

E existem pessoas que têm ideias fixas, sempre detonando os músicos que não gostam. O negativismo, o instinto provocador é tamanho, que dão mais enfase ao que não gostam do que ao que admiram.
Em termos musicais, eu prefiro falar do que eu gosto, evitando falar sobre o que não gosto, mas , respeitando o gosto alheio, desde que saibam se expressar, sem desfazer dos músicos.

A meu ver, se um artista, tem seu público, mesmo que pequeno, entra num palco e é aplaudido, ele tem valor, tem de ser respeitado.
Não gosto de Bob Dylan, mas não vou sair por blogs à fora, ou mesmo em outros lugares, a ficar detonando o compositor/cantor. Seria uma idiotice se eu dissesse coisas assim: "Bob Dylan sempre foi um enganador". Não gosto dele, mas não o acho enganador; é uma lenda viva, um espécie de guru, tido por muitos como um poeta, um gênio.

...continua...