Ontem, mais uma vez, me lembrei da minha falecida avó materna, que detestava fogos de artifício, e até tampava o ouvido, quando ouvia barulho de foguetes. Na ocasião de jogos de futebol, ela torcia para times como o Atlético, Cruzeiro e a Seleção Brasileira perderem, para não ouvir a barulhada, claro.
Não chego a um ponto de tampar meus ouvidos, mas assim como a vovó, torço para os times citados acima perderem...
E ontem, não tive sorte, o Atlético ganhou, e eu ganhei barulhos nos meus ouvidos; parecia uma guerra...
E como os tempos mudaram, um jogo de futebol terminar à meia noite e meia! Devido, à poluição sonora, não consegui dormir, me levantei e liguei o computador. Mas fiquei diante do pc apenas por meia hora; felizmente, a algazarra terminou rápido. Porém, preferível, eu penso, barulho de foguetes do que de som musical alto.
Só gostei de futebol , até meus 16 anos, em 1972. Cheguei a ser fanático, fui um atleticano doente, que não só sabia a escalação de cor do seu time, como de outros também, incluindo de clubes do interior de Minas Gerais e de São Paulo e Rio de Janeiro. Até meus 17 anos , gostava de jogar bola, as peladas; jogava mais em frente ao prédio, em que eu morava.
Eu era muito ruim de bola. Não sei explicar bem o porquê parei de gostar de futebol e de jogar bola. Não penso que seria pelo fato da minha ruindade com a pelota, se bem que isso me deixou frustrado, já que uma pessoa ruim de bola, não é respeitada por certos colegas, e eu cheguei a sonhar em ser jogador de futebol...
Por coincidência, no mesmo ano de 1972, passei a gostar de filmes de terror, em sua maioria dos anos 60, estrelados por Vincent Price, Christopher Lee e Peter Cushing. Será que meu fanatismo pelas películas terroríficas, me fez jogar para sempre para escanteio o futebol?
Não sei, o que sei é que o futebol morreu para mim. Cansei do perde e ganha, das provocações, das gozações, das incansáveis discussões, do lance de um determinado jogador, ser odiado pelos torcedores do time adversário, e depois quando o mesmo entre no outro time, é amado pelos mesmos torcedores.
Futebol não é um jogo honesto. O atacante marca gol com a mão... um jogador quebra a perna do outro.
É um jogo bem violento, corrupto, dentro e fora das quatro linhas. E que me desculpem os que gostam, mas lembrei até da atriz Cláudia Alencar, que disse, anos atrás, que não gostava de futebol e nem da cabeça dos jogadores. É raro um atleta modesto. Atores e atrizes são capazes de agradecer ao público pelos seus sucessos, já a maioria dos jogadores, acham que o público é um privilegiado por vê-los jogar.
Metidos , arrogantes, vazios, superficiais, vide Romário, Pelé... Repito, a maioria, não todos.
Acho patético eu ,em 1966, com dez anos de idade, ter chorado, ao ouvir no rádio, a precoce eliminação da Seleção Brasileira da Copa do Mundo. E a última vez em que torci para o Brasil foi na Copa de 1970. Isso mesmo, à partir daí, só torci para o Brasil perder(rs). E a última Copa que vi, foi a de 1998, e gostei muito do "banho" que a França deu no escrete brasileiro.
continua...
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