No decorrer do tempo em que vivemos juntos, mudei muito de emprego.
Sei que isso é péssimo para um relacionamento a dois e que uma pessoa instável profissionalmente, é mal vista. No entanto, nunca me considerei uma pessoa que não queria trabalhar, tanto que quando estava casado, fiquei pouco tempo desempregado. Uma vez, saí de uma firma na sexta-feira e na segunda, já estava em outra.
Mesmo quando eu estava desempregado, dividíamos as despesas. E se eu tivesse estabilidade e dinheiro, tudo ficaria por minha conta. E o machista aqui preferiria que a minha mulher não trabalhasse. Não a proibiria, claro, mas ficaria mais contente dela ficar em casa(rs).
Outra coisa, antes de começar tudo entre nós, quando estávamos numa pizzaria, a Va me perguntou o motivo de eu , com 31 anos, ainda não ter me casado(ela disse que eu tinha uma boa aparência- ai!). Respondi que minha falta de instabilidade profissional, minha falta de ambição, espantava as mulheres. Ela, parecendo ter gostado da resposta, pega em minhas mãos... e tudo começa.
Mais uma: já éramos namorados, num bar, ela manifestou vontade de se casar comigo,justamente ela, que antes havia me falado que não queria se casar. Fiquei surpreso, achei um absurdo, precipitado. Falei com ela que eu estava desempregado, não tinha instabilidade, e, assim como ela, ganhava muito pouco, o que nos deixaria com dificuldades financeiras, caso casássemos. Ela respondeu que quando se ama, isso não importa. Pouco mais de um ano, de casados, ela, irritada com a minha instabilidade profissional , diz: "se eu soubesse que você era assim, não teria me casado". Lembrei que tanto eu, como minha mãe, a alertamos sobre isso; ela falou que nós não falamos tais coisas...
E, falando em casamento, juntamos os panos em 31.10.1987. Nos casamos , primeiro no civil, depois no religioso, no primeiro semestre de 1988. Eu não queria me casar, muito menos no religioso. A Va alegou que era pressão da sua família. De fato, notei que seus pais não ficaram contentes da gente se amigar(rs), afinal eles eram de uma família conservadora, do interior, muito católicos, no entanto, a Va, novamente, mostra a sua dissimulação, já que ela queria, sim, se casar. Ela adora coisas no "papel", legalizadas, e,certamente, sonhava há tempos em se casar de véu e grinalda.
Tive vontade de sumir do mapa, na época do casamento religioso. Nos casamos na cidade da Va. Foi um saco até mesmo a escolha dos padrinhos, até nisso, houve divergências entre nós; até mesmo na escolha do fotógrafo... Eu já não era mais apaixonado por ela. Ainda queria viver com ela, mas não havia mais paixão. Muito menos, acreditava que ela era apaixonada por mim, então, achei que o casamento seria uma farsa.
Me veio até coisas na cabeça, de desistir, na própria igreja, proferindo, diante de todos, a farsa, a não existência de amor, a conveniência. Meu terno era branco, emprestado do filho de uma amiga da minha mãe. A calça azul, era muito apertada, o que ressaltou mais ainda minha magreza(eu pesava 55 quilos, na ocasião). Até que nas fotos, não me saí mal, não, mas no filme, eu estava ridículo; minha boca estava seca, e eu passava a língua sobre os meus lábios, constantemente...
Eu não me casei com a namorada que sonhei(rima involuntária), e ao relatar isso, não há como não pensar em outra mulher, que ficaria linda de noiva, essa, sim, a namorada que eu sonhei, a LL.
E o complicado casal, continuou sua saga, sua conturbada saga...
Que noivo nao fica com boca seca... neh?
ResponderExcluirEssa foi demais!rs. Nos poucos casamentos que assisti, não vi.rs
ResponderExcluirPior foi meu irmão, que logo quando a sua noiva entrou na igreja e foi de encontro a ele, o mesmo chorou copiosamente, enquanto ela estava fria como um gelo.
Não sei porque sso me fez lembrar da minha última paixão, e faz tempo isso. Começou no virtual e logo nos conhecemos. Lembro que o dia que o conheci pessoalmente foi um dos dias mais felizes da minha vida. Eu lembro da intensidade de tudo que rolou. Mas ele era casado e tinha uma situação financeira complicada, estava acabando uma sociedade. Acho que foi a única vez que propus a um homem que viesse morar comigo com todas as despesas pagas, ele relutou, mais tarde eu dei um ponto final na história e foi melhor assim, não me sentir bem com a idéia dele deixar a mulher, nunca tinha tido nenhum relacionamento com homem casado. Um ano depois ele me procura, dessa vez separado, e eu já morando com meu ex. Mais uma vez não deu e ficou só a possibilidade de algo que poderia ter sido bonito e não foi. Depois dele nunca mais me apaixonei por ninguém, nem mesmo pelo meu ex eu era apaixonada. Já tive alguns encantamentos com homens mas passam rapidamente. Estranho isso...
ResponderExcluirDesculpa aí o desabafo... rs
Beijocas
Dama, nada que se desculpar; se fosse assim, eu teria que viver pedindo desculpas pelo que comento no seu blog.
ResponderExcluirTe entendo. Foi bem pertinente seu comentário, principalmente ao você falar que quando conheceu sua última paixão, foi um dos dias mais felizes da sua vida. Também pensei isso, durante muito tempo, com respeito a ela, isso se ela gostasse de mim, pessoalmente. Mas...
Esses desencontros amorosos...
rsrsrsrsrsr
ResponderExcluirEstou rindo deste tema inesgotável.
kkkkk
Beijos!!
Engraçado, não è? rs. Mas eu e ela não achamos nada engraçado na época...
ResponderExcluirEspero não estar sendo cansativo. Eu próprio não esperava que este assunto poderia render tanto. E ainda falta , pelo menos, uns dois capítulos. rs
rsrs a pior coisa para um ateu é ter de se casar na igreja!!rsrs ah, mas de boa, não deveria ter se casado no religioso não, essas coisas tem que deixar claro bem no começo do namoro que não quer saber.
ResponderExcluirDenise, acho até que falei no post, apesar de eu já não mais amá-la, gostava da sua companhia, então, achei melhor ceder. Em certos pontos, sou flexível. Mas que foi desagradável, isso foi. Até tomei um pouco de vinho, antes do casamento.rs
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