Creio ser preciso ter muita coragem para assumir seus erros. Auto-crítica são para poucos, muito poucos!
E como sou um desses poucos, que conseguem assumir suas limitações, costumo ser mal interpretado.
Há quem diga que eu não gosto de mim, me auto-deprecio, havendo até os que disseram, baseados mesmo no meu perfil do blogger, que "não é possível que eu tenha tanto defeitos assim". Se equivocam os que pensam dessa forma, assim como uns que dizem que não tenho amor próprio.
É preferível ter complexo, do que não ter senso de ridículo, de se achar, se achar, sem ser. Admiro uma pessoa modesta, coisa rara nos dias atuais.
Gosto tanto de mim, que digo que de todas as pessoas, que conheci, nesses 56 anos de vida, sou a que mais gosto.rs. Quanto mais o tempo foi passando, mais fui me tornando um crítico-e auto-crítico. Schopenhauer dizia algo assim, "ninguém é digno de admiração, e muitos são dignos de desdém".
Não consigo gostar de uma vida, na qual não conseguimos viver sem problemas, na qual a instabilidade é uma norma, na qual corremos vários riscos, caminhando gradualmente para a velhice, a decadência(isso se não morrermos jovens), tendo como destino final, a morte, o nada. Ou teremos uma vida além-túmulo? Até isso não sabemos responder.
Tudo bem, temos bons momentos na vida, existem pessoas boas. Pensando bem, a definição mais simpática para o homem, é que ele é um ser ambíguo. E a mediocridade faz parte da condição humana, é uma característica marcante no ser humano.
José Ingenieros(1877-1925) no seu livro "O Homem Medíocre"(1911) diz o seguinte:
"O homem medíocre é aquele cuja ausência de caracteres pessoais impede que se possa distinguir entre o mesmo e a sociedade, vivendo sem que se note sua existência individual, permitindo que a sociedade pense e deseje por ele. Vive uma vida sem biografia, com moralidade de catecismo e inteligência limitada, preguiçosa que é em suas concepções intelectuais. Projetados pela sociedade, são essencialmente imitadores, perfeitamente adaptados para a vida em rebanho, refletindo rotinas, preconceitos e dogmatismos úteis para a sociedade.
O home medíocre é sinônimo de homem domesticado, se alinhando com exatidão às filas do convencionalismo social: faz como todos fazem. Sua principal característica é a deferência pela opinião dos outros, pelo que Ingenieres os chama de “escravos das sombras”: não vivem para si, mas para o fantasma que projetam na opinião de seus similares, para a aparência, preferindo o fantasma a si mesmos.
Porque pensam sempre com a cabeça social e não com a própria, são a escora mais firme de todos os preconceitos políticos, religiosos, morais e sociais."(Lindevânia Martins)
continua...
Realmente a sua lista de características geralmente associadas a coisas não tão floridas, primaveris e liricas é grande tio, mas não gosto de pensar nisso como auto-depreciação e sim franqueza e resultado de auto-conhecimento... Mas bem, eu digo isso só porque alguém já me disse que to ficando parecida com o senhor então tenho que olhar com bons olhos o seu jeitinho Verden de ser rrsrsr....
ResponderExcluirE sim, olhando direitinho ser medíocre não é tão ruim assim... A normalidade deve ter lá suas vantagens a gente que é doido é que não sabe e possivelmente nunca vai saber kkkkkkkkk
Ainda bem que vc me entende, sobrinha, ainda bem!rs
ResponderExcluirGostei muito do que vc disse no primeiro parágrafo, de seu comentário. Vc é muito divertida(rs), inteligente e creio estar se tornando uma filósofa.rs
Quanto ao segundo parágrafo, no próximo capítulo sobre a mediocridade, dissertarei sobre isso, aguarde.rs
Essa do desdém, "Quem desdém, quer comprar". rsrsrsrs tá no meu blog de ditado popular. rsrrs
ResponderExcluirVerden, pior que uma vida de mediocridade é uma vida de deboche.
Acho que tenho uma vida medíocre e isto me assusta, fui criada para coisa muito pior, por sorte escapei ou ironia do destino escapei.
Beijos!
Muito pertinente seu comentário, Janice.
ResponderExcluirValeu!
Obrigado!
Abraços