Há mais de dois meses, falei no blog do eremita, que depois da bonança de viver mais de dois anos, no local que atualmente moro, sem ser perturbado com barulho de som musical, os vizinhos, que moram na casa de frente(moro nos fundos), andaram , por uns três dias, numa semana, a escutar seus funks bem alto.
Os moradores dessa casa, assim como eu, são inquilinos. Relatei o fato com o proprietário, um sujeito muito educado, gente boa, que chamou a atenção deles, dizendo que a vizinhança, sem citar quem foi, estava reclamando... Os vizinhos pararam de perturbar.
No entanto,ontem, depois que eu cheguei da rua, por volta das 13:30 hs, novamente, eles voltaram a escutar seus funks em volume bem alto. Sempre quando saio de casa, eu bebo. Não fico embriagado, sou discreto. Mas a bebida intensifica meus sentimentos; se estou a fim numa mulher, ao beber, fico mais a fim ainda. Se algo me aborrece, quando bebo, minha raiva fica maior. A bebida me deixa mais extrovertido(sem excesso), me dá mais ânimo e coragem. Embora eu não seja do tipo que se tem algo complicado para resolver, faço uso da bebida; não, isso não faço, prefiro resolver minhas pendengas, sóbrio.
E ontem, minha raiva foi tamanha, que fui reclamar com o proprietário do imóvel, que mora uns três quarteirões da minha casa. Minha ira foi tanta, que passei pelos jovens vizinhos barulhentos, sem cumprimentá-los, com a cara muito fechada, e ainda bati o portão. Não encontrei o proprietário.
É possível que achem que estou louco, talvez me tachem de perigoso, mas creio que se eu tivesse um revólver, ontem eu o usaria. Não tolero mesmo barulho. Pra quem não sabe, tive que me mudar, há dois anos e meio atrás, por causa dos vizinhos , que moravam parede e meia comigo, de tanto eles me perturbarem com som em alto volume.
E, infelizmente, esse problema está ficando cada vez mais comum. A Lei do Silêncio beneficia o infrator. Aliás, muitos não cumprem tal lei. Nos jornais, volta e meia, tem gente reclamando de vizinhos barulhentos. É comum também, eu conversar com pessoas a terem a mesma queixa. E costuma haver casos de polícia, até mesmo com morte. Eu ainda tenho esperança de voltar a ter sossego por aqui, porque o proprietário não aceita mesmo vizinhos barulhentos, então vou cientificá-lo e ele tomará as providências.
Minha sorte, é que esse pessoal , que ontem, novamente, me perturbou , não é proprietário do imóvel, pois se fosse, nada adiantaria eu me queixar, mesmo se pedindo, com muita humildade, que não fizessem barulho.
A meu ver, pessoas que gostam de escutar som muito alto, que perturbam seus vizinhos, são sem educação e egoístas no mais alto grau, são mau caráter. Em alguns podem até ser falta de consciência, já que sei de casos, raros, por sinal, de quem , depois de ser chamado a atenção, por fazer barulho, param com isso.
E só me resta torcer para que , na rua onde moro, não mude vizinhos barulhentos... O problema de poluição sonora, pra mim, é insolúvel. É o "nosso" Brasil.
E, pode parecer que estou brincando, mas cada vez mais me identifico com o personagem de Edgar Allan Poe, Roderick Usher, do conto, "A Queda da Casa de Usher". Ele, oriundo de uma família de loucos, não suportava, entre outras coisas, barulho.
E, aproveitando a viagem(rs), semana passada, mais uma vez, vi num site, um blogueiro falando que havia incesto entre Roderick Usher e sua irmã, Madeline. Sinceramente, não notei isso, nem no conto de Poe, nem no filme, "House of Usher", dirigido por Roger Corman, estrelado por Vincent Price e a linda Myrna Fahey.
No filme, Roderick e Madeline, são os últimos descendentes dos Usher. Porém, ela se apaixona por um rapaz; planejam se casar, ter filhos. Roderick é, radicalmente, contra, não quer a perpetuação da loucura, quer que a linhagem dos Usher termine com os dois, ele e Madeline. Todos os seus antecedentes morreram loucos. Madeline é cataléptica. Roderick luta para desfazer a união de sua irmã com seu amado.
Eu não vi incesto. Será que dois irmãos não podem se amar puramente? Será que tudo na vida é sexo? Poxa, há quem diga que sou muito malicioso, então por que não consegui ver incesto na casa de Usher?
Ou será que estou ruim para entender as coisas. Roderick Usher me passou uma imagem de um homem assexuado(me pareço muito com ele,mas isso , eu não sou-rs).
Pra quem tiver curiosidade, segue um link, no qual há o conto, "A Queda da Casa de Usher": www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=88.
E viva o silêncio! Abaixo ao barulho!
Tudo isto é falta de educação e de bom censo.
ResponderExcluirBarulho pode ser reclamado qualquer hora do dia.
O pior, é ter que escutar funk já é ruim. Aqui perto é forró . Mas é só por estes dias de festa, depois que as visitas se vão para a amostração.
Beijos!
Oi Janice. Desculpe só estar respondendo agor, é que fiquei a tarde toda, ontem, sem conexão.
ExcluirVeja o que vou responder abaixo.
Som alto em casa é um terror.
ResponderExcluirA casa é lugar para se ter sossego.
Quanto ao filme não vi, não posso falar.
Um forte abraço.
]
O barulho incomoda, realmente. Nos fins de semana, há sempre reuniões aqui no bairro. Não me conformo com a altura do som e com o desrespeito ao horário legal. Creio sofrem mais os pais de crianças pequenas, pois, certamente, acordam. Prédios não são apropriados para música ao vivo. Nem com as janelas fechadas conseguimos fugir do barulho. Sem contar que o gosto musical nem sempre se assemelha ao nosso (rss).
ResponderExcluirVou ter que ler o conto, para ver que entendimento me vai passar, no tocante às suas colocações.
(você é um visitante muito agradável. Lê, realmente, e faz comentários procedentes e sensíveis. Obrigada.)
Abraços
Marilene, eu, por exemplo, já morei num prédio em que o síndico proibia sons em volume alto.
ResponderExcluirMarilene, Fábio e Janice, leiam os textos abaixo:
"Há um MITO, amplamente propagado no Brasil, dando conta de que o cidadão tem o direito de fazer barulho até às 22h:00. Engano. Na verdade, o EXCESSO de ruído que causa dano a outrem, a qualquer hora do dia, especialmente em zona residencial, constitui ABUSO DO DIREITO e, portanto, ATO ILÍCITO.
A assertiva da Polícia, igualmente, não procede. É possível, SIM, lavrar um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), com base no art. 42, III, da Lei nº 3.688 (a chamada "Lei das Contravenções Penais"), AINDA QUE NÃO HAJA O APARELHO QUE MEDE OS DECIBÉIS, mesmo porque a prova referente ao nível de ruído terá um momento próprio para ser produzida.
A rigor, a Sra. pode, sim, processar a sua vizinha. Não se trata, porém, de um processo "por pertrubação do sossego", no sentido penal do termo. Ao que parece, a ação mais adequada é de OBRIGAÇÃO DE NÃO-FAZER, pedindo para que o Estado-juiz imponha à sua vizinha (a ré) o dever de não ouvir o som acima de um determinado limite; ou, alternativamente, que instale revestimento acústico hábil a evitar o barulho (hipótese em que a obrigação, evidentemente, será de FAZER)...
Todavia, antes de qualquer procedimento judicial, tenho que o melhor a fazer é NOTIFICÁ-LA, extrajudicialmente, para que cesse o barulho excessivo. Não surtindo efeitos, daí sim pode-se pensar em ajuizamento de ação...
Por fim, cumpre-me alertá-la que o caso não é de dano moral."
"Não existe "lei do silêncio", o que existe é a lei de contravenções penais artigo, "Art. 42. Perturbar alguem o trabalho ou o sossego alheios:
ResponderExcluirI – com gritaria ou algazarra;
II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais;
III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
portanto não há uma hora determinada que va pessoa possa utilizar utilizar o som alto, a qualquer hora do dia ou da noite dependendo do volume que a pessoa utilizar o apareho de som com volume que venha a pertubar o sossego e com isso incomodar os vizinhos estes poderão solicitar a presença da policia para lavratura do do Boletim de ocorrencia para uma posterior ação penal contra aquele que é causador da pertubação,
No ambito criminal estara sua vizinha sujeita as penas acima mencionadas.
Na esfera civil caso voce deseje podera contratar um advogado para promover ação civil utilizando se do artigo abaixo:
Artigo 1.277 do Código Civil que diz:
O proprietário ou possuidor de um prédio tem o direto de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha.
Parágrafo único: Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a localização do prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos moradores da vizinhança
www.tex.pro.br/wwwroot/06de2005/acaodedano_felipejakobsonlerrer.html - 56k Código, portanto, confere proteção contra atos que impliquem risco à segurança, ao sossego e saúde, como exemplifica WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO:
São ofensas à segurança pessoal, ou dos bens, todos os atos que possam comprometer a estabilidade e a solidez do prédio, bem como a incolumidade de seus habitantes. Constituem exemplos a exploração de indústrias perigosas, como a de explosivos e inflamáveis, o funcionamento de indústrias que provoquem trepidações excessivas, capazes de produzir fendas ou frinchas no prédio, e armazenamento de mercadorias excessivamente pesadas, acarretando o recalque do terreno, as escavações muito profundas, a existência de árvores de grande porte, que ameaçam tombar na propriedade vizinha.
São ofensas ao sossego ruídos exagerados que perturbam ou molestam a tranqüilidade dos moradores, como gritarias e desordens, diversões espalhafatosas, bailes perturbadores, atividades de discotecas ou danceterias, artes rumorosas, barulho ensurdecedor de indústria vizinha, emprego de alto-falantes de grande potência nas proximidades de casas residenciais para transmissões de programas radiofônicos ou televisivos e instalação de aparelhos de ar condicionado ruidosos.
Finalmente, constituem ofensas à saúde as emanações de gases tóxicos, as exalações fétidas, a poluição de águas pelo lançamento de resíduos, a presença de substâncias putrescíveis ou de águas estagnadas e o funcionamento de estábulos ou de matadouros."
Estes dois comentário são muito importante.
ExcluirGostei de saber que você anda por dentro da lei. rsrsrr
beijos!
Obrigado Janice. Mas descobri isso, recentemente, na net.
ExcluirOs problemas é que prática é uma coisa, teoria é outra; e a morosidade da justiça.
Abraços
Sabe que quando li o post fui achando que vc estava sendo meio exagerado... Mas refletindo bjoooo ra comentar aqui te dou todo apoio! Pessimo ter que ouvir a musica dos outros, um saco isso! Acho tb que esse problema nao tem cura, é algo do nosso país ja! E juro que se eu tivesse porye de arma muita gente correria risco, faria como vc kkkkkkkk
ResponderExcluirImagina que delicia, matar e desligar o som em seguida kkkkk meio psicopata isso! Kkk
E eu já quase cheguei a vias de fato, Camila...
ResponderExcluirAnteontem, conversei com o proprietário, e ele me deu todo apoio. Inclusive, ele não está muito satisfeito com os vizinhos, que estão a incomodar com som alto. Ele não gosta de cachorro, e eles arrumaram um... As duas vizinha, que moram debaixo, da onde moram, já reclamaram dos cocôs que o cão deixa no corredor, do mau cheiro... O inquilino, que é lanterneiro, faz uns bicos, na garagem da casa, como mecânico; o proprietário não aprova isso. E seu filho adolescente, responsável pelos funks altos, tem soltado papagaio, no telhado da casa, o que faz com que o proprietário reprove, pois ele pode levar um tombo, pode quebrar telhas.
Interessante, é que ontem à tarde, escutei o rapaz falar: "já que não posso fazer nada, vou soltar papagaio". E ele estava no telhado. Creio que o proprietário , ainda não havia chamado a atenção dele(ou de seus pais) a esse respeito.
Hoje , está tudo quieto, sem som e com ele fora do telhado.
Espero que continue assim, para a minha paz.
E que assim continue (rss), para o bem de todos.
ExcluirAbraços
Isso mesmo, Marilene!
ResponderExcluirObrigado.
Abraços
A verdade que por melhor que seja o som, ninguém tem o direito de que os outros o escutem.
ResponderExcluirAqui em casa nem posso reclamar, pois quando o fazem é por causa de uma festa, de um aniversário e quase sempre terminam em um horário adequado.
Agora vou te falar, Funk é dureza, mas música evangélica é froid. Pior se a "música evangélica" são na verdade forrós, sertanejos e até funks (!!!!!) com temática bíblica.
Tinha uma vizinha que me pertubou com essas porcarias durante meses, não pelo volume do som, mas pela MONOTEMáTICA musical, entende?
No seu caso é torcer pros vizinhos se mudarem e torcer mais ainda pra não vir um que seja pior, que curta criação de gatos, por exemplo(rs)
[] e boa sorte
Oi, bom te ver por aqui.
ResponderExcluirAqui, a uns 30 metros da minha casa, tem um evangélico que, de vez em quando, escuta suas músicas religiosas, bem alto,e ainda canta junto, com sua horrível voz.
No outro local em que morei, eles ouviam mais era a terrível música sertaneja. Foi traumático.
Creio que o proprietário deve ter falado com os vizinhos, pois não estão mais escutando som alto e o adolescente não está subindo mais no telhado, soltando seu papagaio.rs
Eu, particularmente, nada tenho contra o cachorro deles, até gosto dele, um pequeno vira-lata bonito. Às vezes, passo por ele, mexo com ele, ele fica só olhando, em outras vezes, ele late.rs. E, felizmente, o cão não faz barulho, é quieto.
Grato pelo comentário.
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