Sempre tive muita dificuldade em lidar com pessoas de Lua. Por favor, não digam, como acabei de ler num site, que preferem lidar com gente de Marte(rs).
A primeira pessoa que conheci com essa característica foi uma empregada, que trabalhou na casa dos meus pais, por alguns anos, quando eu era adolescente. Trabalhava de segunda à sábado. Dormia em sua casa, pois morava no mesmo bairro em que morávamos.
Era complicado lidar com a S., num dia , ela estava alegre, risonha, brincalhona, noutro, sisuda, calada, nem cumprimentava a gente(isso quando não nos xingava). Eu e ela não nos davam bem. Eu tentava ficar numa boa com ela, mas não havia jeito. Eu não gostava dela...
Como eu detestava estudar, tinha o costume de matar aulas. Um dia, como ainda não estava no horário de chegar em casa-matando aula- fiquei andando à toa, e caí na besteira de passar numa rua que cruzava com a qual eu morava, um quarteirão depois, temi que alguém me visse da janela do nosso prédio, o que acabou acontecendo: A S. me viu. Ao chegar em casa, ela estava só; me xingou muito, fiquei surpreso, lhe dei o troco(rs). A discussão foi violenta. Meus pais chegam em casa, ela conta pra eles que eu estava matando aula. Eu, imaturo, fiz a infeliz proposta: ou eu ou ela? Minha mãe foi porreta: "não vou perder a empregada por sua causa..."rs. A S. se comportou com "dignidade": "Não é justo ele sair por minha causa, eu saio". Acabou que nos dois ficamos(rs).
Quando eu estava com 18 anos, meus pais mudaram pra uma casa bem distante do centro. Levaram a S..
Ao chegar do serviço, fiquei espantado pelo que vi: A S. estava tendo um ataque de histeria.
Foi uma lição de vida pra mim. Seu noivo, meu pai e eu a levamos para um hospital. Na época eu tinha o costume de me achar a pessoa mais infeliz do mundo(ridículo!), não conseguindo entender pq tudo dava errado pra mim(Santa Mãe de Deus!rs), e assim que a S. se comportava ao ter sua crise, ela estava incontrolável, chorava muito, dizendo tais coisas que acabei de falar. Fiquei com pena dela. Pensei: poxa eu também penso o que ela falou, não quero ficar como ela, é ridículo pensar dessa forma. Num momento, seu noivo e meu pai, falaram com ela: "olha ele aí(eram a mim que estavam se referindo); ela falou: "ele não gosta de mim". Fiquei muito sem graça. Na hora de irmos embora, falei com seu noivo: "Deus vai ajudar, ela vai melhorar"(eu acreditava em Deus, na época). Seu noivo me olhou com uma cara estranha. Pensei, por muito tempo, que ele me achou demagogo, no entanto, tempos depois, pensei que ele me achou humano, bem diferente do que a S. dizia pra ele a meu respeito. E a S. pagou um preço por seu comportamento: minha mãe a mandou embora, e seu noivo terminou com ela. As aparências enganam, mas creio que se os dois se casassem, S. seria uma pessoa de muita sorte. Ele era mais velho do que ela, mas não tipo uma idade pra ser seu pai. Sua aparência era bem melhor do que a dela. Tinha um ótimo emprego, conversava muito bem, aparentando ser uma pessoa equilibrada.
Mais uma lição de vida que tive.
continua...
Será que ela era bipolar? Isso é uma doença! Enfim, também detesto gente que uma hora é doce, na outra é aguada e em uma terceira é amarga aff.. Prefiro conviver com gente chata o tempo todo a conviver com gente que uma hora é uma coisa e na outra nem sabe mais.
ResponderExcluirA vida é aqui,no planeta Terra...
ResponderExcluirPandora,
ResponderExcluirConcordo com vc. Por isso fiz o post, como sempre querendo desabafar. Há quem entenda e tolere gente assim, eu não tenho paciência. Temos costume de dizer dos nosso defeitos: isso não está em mim, é além da minha vontade. Cada qual com seu pensamento,se defendendo, e eu com meus defeitos desagradei e decepcionei um tanto de gente, mas fica registrado minha dificuldade em lidar com gente de lua.
Paredes,
A vida é aqui, no planeta Terra, mas não falta gente de Lua. rs
Abraços, Pandora e Paredes!
Cris, muito obrigado pelos seus comentários.
ResponderExcluirUma ótima semana pra vc!
Não gosto de pessoas de Lua ou de Marte.
ResponderExcluirGosto de pessoas reais!
E elas são difíceis de se encontrar por aqui, Katia, no nosso humilde planeta.
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