terça-feira, 27 de agosto de 2013

Minha Saga Com Os Profissionais da Psique(3)


Em 1984, resolvi escrever minhas memórias(rs). Penso que para uma pessoa com 28 anos, chegar ao ponto de escrever sua biografia, é que a sua vida não anda nada legal. Eu já estava mais morto do que vivo.
Me achava incompreendido pelas pessoas, e resolvi contar nas memórias muita coisa que quase ninguém sabia, achando que me compreenderiam, que perceberiam que fui, pelo menos, uma vítima das circunstância, uma vítima do destino. E pensei mais foi na minha mãe, com relação a tal coisa, já que ela não me entendia(deixei um aviso na introdução, que só poderiam ler, depois da minha morte-rs).

As memórias foram interrompidas depois que me casei, no segundo semestre de 1987.
Com o tempo, percebi que escrever minha auto-biografia , foi uma grande tolice. Qualquer pessoa que lesse, incluindo minha mãe, não me apoiaria, continuaria a não me compreender, achando mesmo que eu era uma pessoa complicada, talvez até com mania de vítima, que só culpava os outros pelo seus próprios erros(rs).  Além do mais, eu estava bem mais prolixo e explicando em excesso as coisas, bem mais do que hoje(rs). Outro porém: meu português também estava bem pior... Só não rasguei a biografia, devido às datas, a ordem cronológica dos fatos, e igualmente que há algumas coisas engraçadas(eu nunca deixo , apesar dos pesares, de perder totalmente o senso de humor), principalmente alguns detalhes de umas relações sexuais(rs).

5) Contando Tudo

Em 1985, resolvi procurar um psicólogo. Eu queria, necessitava, desabafar com mais intensidade, contando o que não havia ainda contado para ninguém. Encontrei uma psicóloga, através da lista telefônica. Contei que eu estava desempregado, e ela fez um desconto de 50%, nas consultas.

Seu nome era Elizabeth, Beth. Mais velha do que eu, um pouco alta, clara, magra, de cabelos pretos. Tinha o tipo de professora. Não era bonita, mas nem feia(rs). Séria e discreta. Gostei dela(não como mulher, por bem dizer, mas como psicóloga.

Achei melhor contar a minha vida toda, desde que eu me entendia por gente, fato que ocorreu , quando eu tinha por volta de 6 anos. O desabafo foi bom.
Sendo o que mais me marcou, foi quando eu relatando como era meu relacionamento com meu irmão, eu chorei. Nesta época, o remorso já havia tomado conta de mim, já que fui um péssimo irmão. Movido por ciume, eu o tratava muito mal, sempre gostava de derrubá-lo. Não havia amor em mim.
O mais curioso do relato é que a Beth disse não ter entendido a minha emoção...

A psicoterapia mais longa que fiz foi com a Beth, mas não chegou a durar um ano. Quando achei que era melhor terminar tudo, ela relutou um pouco, dizendo ser ainda necessário a continuação, falando até mesmo que não havia conseguindo entender certas facetas da minha personalidade. No entanto, eu não continuei com a terapia.

... continua...

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