terça-feira, 15 de julho de 2014

Isolamento Total

Creio ter chegado a hora de não mais postar nos blogs  Lamúrias de um Misantropo e no do Preenchendo o Vazio da Existência. Acho até que passou da hora.

Reconheço que estou confuso, bem perdido e uma pessoa que só reclama, que transmite amargura, acaba sendo repelida.

Me despedi algumas vezes, depois voltei. Mas, tive , como de costume, o senso de auto crítica- o qual uma pessoa tanto execra- de dizer que estava com complexo de Silvio Caldas(leiam sobre ele, se interessarem).

Continuo a achar que falta espontaneidade na blogosfera, embora, a meu ver, ela seja mais autêntica e agradável do que sites como o falecido Orkut e a atual fashion, Facebook.

Meu negativismo , um pouco de machismo(ou seria muito?) e comentários nada sutis a respeito do comportamento humano, me afastam das pessoas.

Chego a dizer que quanto mais se é cheio de vida, mais uma pessoa é fútil. Que audácia a minha, não?
E olha que gosto de coisas que não prestam, como rock, bebida alcoólica... No entanto, tendendo  ver meu lado, digo que detesto bar/boteco lotado, com música em volume alto , e não vou em shows,já que detesto multidões e a histeria que elas provocam, com o seu fanatismo.

Em 01.11.2013, muito desiludido, como é comum, criei outro blog, Isolamento Total, no qual só eu que via as postagens. Pretendia parar de postar nos blogs do Misantropo e do Vazio. Mas, por motivo que já até expliquei no citado blog, mudei de ideia. Minha cabeça, está igual à cabeça de mulher, como diria o finado Sr. Caetano(não é o Veloso, era um sujeito que tinha idade para ser meu avô- espírita respeitado), muda toda hora(rs).

Já está mais que evidente que meus posts estão cansando os leitores(se é que alguém ainda os lê), que não existe espontaneidade nem constância na blogosfera, que estou muito repetitivo... daí, migro para o blog "Isolamento Total", deixando os seguidores dos dois blogs, o do Vazio e o do Misantropo, livres, nos seus painéis de minhas incontáveis, intermináveis e prolixas lamúrias.

Quem ainda se interessar pelo que digo, ou reclamo(rs), é só acessar o link : http://isolamentotal.blogspot.com.br/.

Não preciso de esmola... gosto de espontaneidade.

Foi até divertido, durante um certo tempo, os comentários que li por aqui. Mas tudo um dia acaba.

Os dois blogs continuarão ativos, e comentários em posts antigos, enquanto eu estiver vivo(rs), serão respondidos.

Obrigado pela atenção!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Preconceito - O Amor é Mesmo Cego(segunda parte)





E as pessoas de pele escura, também, como todos estão carecas de saber, são alvos de comentários e olhares preconceituosos, quando tem como par uma pessoa de pele clara.
Meu próprio irmão, branco, casado com uma preta, uma vez me disse que quando os dois estão abraçados, em lugares como um shopping Center, por exemplo, as pessoas os olham da cabeça aos pés.

Meu irmão está longe de ser um homem bonito, mas vejam o que uma ex-colega de serviço, que foi vizinha dele, me falou: "há quem comente, de como um sujeito bonito como ele pôde ter casado com uma mulher como ela".

Dois de meus velhos conhecidos, pretos, foram rejeitados pela família das esposas... afinal, elas eram brancas...

Mas, entre os casais destoados, não existem só os homossexuais e os de cor diferente.

Neste final de semana, li uma matéria no site de rock, Whiplash, no qual muitos e muitos opinantes, detonam a Yoko Ono, viúva de John Lennon; muitos a dizer: não entendo o que o John Lennon viu nela. E a Yoko, não é criticada apenas pela feiura, seus dons artísticos , são muito questionados, além de ser considerada antipática. Ninguém parece se lembrar que ela é que foi responsável pelo John Lennon ter se engajado, transmitir mensagens de paz. E Lennon tinha muito ciumes dela, era dependente do seu amor, da sua pessoa.

Tenho um primo, da minha idade, que mora numa cidade do interior, das Minas Gerais. Poucas vezes o vi, nunca fomos íntimos. Era muito falado que sua namorada era muito feia. No casamento de seu irmão, ele estava abraçado à namorada, mas não cheguei a ver seu rosto. Na volta para casa, meu pai, ao volante, falou com meu tio(pai do meu primo), algo assim: "seu filho, só pode estar doido!".

Minha primeira namorada, era muito bonita, e eu fui alvo de deboches e críticas. Magrelo, com o rosto cheio de espinhas, eu era muito feio.  Um dia, um sujeito, num carro, gritou: "ô bicho feio... ô lourinha , vc sofre da vista ou é louca?". Fiquei indignado e ela tentou me acalmar.

Sempre pensei, com preocupação, que se eu e a minha ex-paixão virtual namorássemos, não seríamos aceitos pelas pessoas, em especial seus parentes e amigos. Sou feio, ela é bonita, sou um João Ninguém, ela é da classe média; ela é super culta, eu tenho pouquíssima cultura; ela é cheia de vida, animada, eu sou devagar, um homem morto; ela é muito extrovertida, sociável; eu sou introvertido, um bicho do mato.

E este foi mais um dos motivos de eu ter tanto ciumes dela, já que me sentia inseguro com a situação. Eu seria o Bentinho, ela a Capitu, do conto de Machado de Assis.

E, falando nela, eu acabei de me deparar com um post antigo, criado há quase dois anos atrás, em seu blog, no qual, sem citar meu nome, ela me detona(não conhecia o post, pois , às vezes, eu ficava meses sem navegar no seu blog). Impressionante!

Eis o trecho, que mais me chamou a atenção:

"Mas, e quando alguém fala muito mal de si?  Quando praticamente avisa que não vale nada? Alguém acredita? A tendência é ninguém acreditar também, porque ninguém fala tão mal de si próprio, e todo mundo (os que não convivem com a criatura, ou que têm um contato bem superficial com ela) diz: "você está se menosprezando", ou "tenho certeza de que você não é tão ruim assim", ou "ah eu não acho nada disso de você", ou, e o pior de tudo: "você tem autocrítica, é muito autêntico(a)!"...  E aí a pessoa realmente dá indícios de que é exatamente como diz que é, age exatamente como diz que é, só que ninguém percebe, ninguém  enxerga nada. De tão convencidos que estão de que o que a pessoa diz de si não é verdade, ficam cegos para o óbvio. 
Gente, é impressionante! Como essa "modalidade" de marketing pessoal funciona! "

Os comentários sobre o post, até que foram interessantes e tirante um que disse que a pessoa citada no texto é safada, os outros opinantes até que foram sensatos, sem serem radicais como a minha ex-paixão.

Sinceramente, nunca em toda a minha vida, alguém pensou tão mal a meu respeito. É de se estarrecer : como uma mulher  tão inteligente como ela, pôde ter uma visão tão negativa da minha pessoa e isso, no decorrer de anos de contato?
Será que o tempo ainda  dirá alguma coisa? Será que existe justiça no mundo?

Uma coisa é certa: nunca conheci o amor, só conheci paixão.

Preconceito - O Amor é Mesmo Cego(primeira parte)





Na última vez em que vi o perfil do Facebook da minha ex-paixão virtual, uma coisa me deixou surpreso e, até mesmo, chocado: cliquei numa de suas amigas, e ao navegar no seu perfil vi que ela namora uma mulher.
Bem, essas coisas acontecem, de gente do mesmo sexo se namorar.
Mas, não posso dissimular o meu choque, choque que ficou bem maior pelo fato da sua namorada ser muito masculinizada, feia, sem atrativo algum. Seu corte de cabelo , é masculino, as suas roupas e seu jeito idem.
A amiga da minha ex-paixão é bonita, feminina, muito simpática, graciosa. Ela até me faz lembrar a minha ex-paixão, no tocante a aparência(será que são parentes?). Sua namorada é tipo a filha da Gretchen, mas mais feia ainda.

Mais uma vez, estou sendo franco, revelando o que, realmente, penso. Certamente, acharão que sou preconceituoso.

Penso que o homossexualismo, hoje , mais conhecido como homossexualidade, é uma anomalia, é um desvio. A psicanálise, anos atrás, pensava assim... hoje não...

Contudo, acredito que a pessoa já nasça assim, portanto, o homossexualismo não é uma opção, é uma condição. O que critico nos homossexuais, em especial os masculinos, é a sua insaciabilidade, já que é patente que os gays são mais depravados que os heterossexuais; costumam nem bem cantar a gente, já vão metendo a mão no nosso bilau. E é muito falado também que são mais ciumentos. Em muitos faltam amor próprio... são bem carentes.

No entanto, não os maltrato, não debocho dos mesmos, e acho um absurdo o modo como grande parte da sociedade os tratam.

Hipocrisia, demagogia, é o que não falta, pois eu acredito que muitos ao se depararem com o casal lésbico, citado acima, devem ficar chocados, como eu fiquei, mas não assumem isso.

A bela amiga da minha ex-paixão virtual  exibe muitas fotos, dela sozinha, acompanhada da sua paixão e com outras pessoas. Será que lá no fundo, seus pais aceitam o namoro? Será que eles não sentem uma tristeza interior? E, pelo tanto de foto dela, nota-se que é uma narcisista. Há também um excesso de declaração de amor, entre as duas. Por que tanta necessidade de se expor desta forma?

Fico até com pena ao ver ela com uma mulher tão masculinizada, chegando até pensar : que desperdício!
Mas, nas minhas divagações, penso: a masculinizada será rica? Ela tem o papo legal? É uma pessoa extremamente humana, irresistível, devido a seu elevado caráter? Pode ser, não?

Mas, este é apenas mais um casal destoado, que faz muitos pensarem: o que esta moça linda, feminina, simpática, viu naquela mulher totalmente sem atrativo físico e masculinizada?

Vou falar mais um pouco sobre casais assim.






domingo, 13 de julho de 2014

Otelo Bento - A Seleção Brasileira e Eu





Resolvi acrescentar Otelo Bento no meu nick, por me identificar com os dois personagens: o Otelo, de Shakespeare e Bento Santiago, de Machado de Assis.

Ambos eram muito ciumentos, sendo que Otelo chegou a matar sua amada injustamente, pensando que ela o havia traído,graças às intrigas de um tal de Lago, um tremendo de um mau caráter. Depois do ato tresloucado, Otelo se suicida.
Já Bento Santiago achava que sua amada, a bela Capitu , o havia traído com seu melhor amigo e que seu único filho era fruto do adultério de sua esposa com o amigo.

Depois de muitos desentendimentos, o casal se separa.
E nosso herói fica cada vez mais amargo e solitário.

Até hoje, há dúvidas: Capitu traiu ou não o Bentinho?  Posso até ser suspeito para opinar, já que sou muito ciumento e desconfiado, mas, penso que houve traição sim. E o que corrobora com isso é o comportamento da Capitu no velório do melhor amigo do Bentinho e, pra piorar, o filho do casal Bentinho e Capitu, se parecia muito com o seu estimado amigo.

Até que não censuro o Bentinho não, pelo fato de mesmo casado, continuar com muita intimidade com o seu amigo e a sua esposa, pois, no meu modo de pensar, naquela época, as pessoas eram mais puras, puras, no sentido de ingenuidade, daí confiavam mais...

O melhor amigo é sempre um forte candidato para chifrar a gente. Quando me casei, me afastei do meu melhor e único amigo(era um primo). Ele foi até meu padrinho , no casamento civil. Mas, nunca foi em nossa casa.

Eu e minha mulher não éramos íntimos de ninguém. Raramente, recebíamos visitas e, claro, também não visitávamos os outros. E, pra mim, as duas maiores qualidades da minha ex é que ela não tinha amigos e nem queria ter filhos. Afinal, eu sou Otelo Bento(rs).

A pessoa muito ciumenta não deve mesmo se apaixonar, ainda mais se a mulher amada é muito dada.
Eu entrei numa fria com esta minha última paixão. Até o momento, continuo inconformado com tudo o que houve e, por incrível que pareça, ainda tenho ciumes, mesmo com tudo acabado. Impressionante o poder de sedução desta mulher! A minha Capitu...

Mas, nem tudo na vida é tristeza. Minha humilde e infame pessoa, está muito contente com o fiasco da seleção brasileira, que perdeu a Copa vergonhosamente.
Entretanto, a seleção brasileira e eu temos coisas em comum: somos perdedores e especialistas em dar foras!  Já perdi meu campeonato há tempos, mas sou obrigado a cumprir a tabela.

sábado, 12 de julho de 2014

Narcisa


Beirando a meio século de vida, continuas muito querida?
Sua pessoa atarantada, por alguém está enamorada?
Tingindo seus cabelos, tem que se esconder os desmazelos.
Plástica pode ajudar, mas com o tempo, nada mais pode remediar.

Você é uma pantera, é uma quimera, deixando qualquer homem
que lhe queira, na espera.
Você é uma loba, que nada tem de boba, maltrata aos que a querem,
seus sonhos , você rouba.

Faz charminhos com seus amigos, faz beicinhos por seus abrigos,
usa intensamente o pronome "meu", para iludi-los , como se cada um
fosse um Romeu.

Beijinhos de glitter, "meu querido", "meu amigo", "lindo", sentimento
fingido, nenhum teria um abrigo, você acaba escapulindo.

Você não gosta de quem é volúvel, assim como você é, e descarta
qualquer um, qualquer amizade, na hora que você quer.

Durona, orgulhosa, mandona, fogosa. Num quadro negro, numa lousa,
você gosta de um chamego, aparenta ser a mais linda das rosas,
mas tira o sossego de qualquer um que lhe prosa.

Gostas de seduzir, de ser o centro das atenções, uma eterna adolescente,
que está sempre a fingir, dilacerando corações.

Você não tem piedade e é uma das grandes responsáveis, pela tristeza que tanto me invade.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Assim Como Minha Ex-Esposa

Tenho tentado ficar um tempo sem postar , mas, paradoxalmente, estou postando como  uma locomotiva sem freio. A necessidade de desabafar é enorme. Tenho que colocar para fora tudo que sinto, e nos meus blogs é que consigo fazer uma catarse.

Creio que o que mais expus nos meus blogs foi sobre minha paixão virtual. As idas e vindas, o morde e sopra, a ambiguidade do meu sentimento em relação a ela, devem ter enchido a paciência de muitos, talvez tenha sido até cômico(se é que alguém ainda lê minhas postagens).

No entanto, creio que a ambiguidade do meu sentimento é compreensível. Tal sentimento, durou alguns anos. Foi uma paixão fortíssima! Qualquer pessoa imparcial, especialista em comportamento humano ou leiga, diria que foi mesmo uma paixão, que apesar da minha possessividade, ciúmes, desconfiança, agressividade, eu gostava muito dela(da paixão virtual) e que também tinha muito carinho por ela, a querendo bem, se preocupando com a  mesma. Mas, só ela, a paixão, não vê deste jeito(não viu). Pra ela, só amo a mim mesmo, só a fiz mal.

E foi nesta semana, que cansei definitivamente. Ela, na sua última mensagem enviada para mim, em 01.12.2013, confirmou, depois de execrar a minha pessoa, "Vê  se entende, vc morreu pra mim!".

Como de costume, fiquei alguns dias sem ir no seu blog, para depois voltar a vê-lo.
Ela abandonou o blog.

Abri uma conta no Facebook, só para ver se ela está navegando no site. Isso deve ter um mês, talvez dois...
E ela está ativa no Facebook.

Por que com tanta mágoa,com tudo definitivamente acabado, ainda sigo seus passos? Cheguei a ficar uns dias sem olhar seu Facebook... voltei a olhar de novo, nesta semana. Não pretendo olhar mais, chega! Chega de sofrimento!

Ela troca de fotos constantemente...

Acho que, inconformado com sua partida, tive esperanças que ela voltasse e até se retratasse, reconhecendo que se excedeu, que foi injusta comigo.
E ao ver a seu superficialidade, o seu interminável narcisismo, com os costumeiros chamegos melosos recíprocos de amiguinhos(a), junto com a enorme descrença que bateu em mim com a venda dos meus discos, me desgostei de vez.

Confesso que até semana passada, meu coração partia, ao lembrar que a fiz sofrer, ao lembrar do seu choro, em conversas no telefone, ao lembrar que uma vez ela me disse, em prantos: "você está me fazendo muito mal!". Esquisito, até constrangedor, é que ao acabar de dizer isso, me sinto mal, algo ruim bate em mim, parece que estou para , novamente, fraquejar, podendo ter mais uma recaída.

Não obstante, tenho que ser realista, já que ela sim, é que ama a si mesma. Ela sabia que meu dinheiro acabaria neste ano e que eu tinha desejos suicidas... e não se manifestou. Acho mais provável dela não acompanhar mais meus passos no mundo virtual, e mesmo se ela ainda vê meu blog, a verdade é que ela não dá a mínima para mim, desta vez, ela foi coerente, eu morri mesmo pra ela!

Então, pra que ficar pensando nela? Pra que observar a superficialidade dela, com seu narcisismo, num site tão banal- pior até mesmo que o Orkut- como o Facebook?

Creio que ela abandonou a blogosfera por não ser muito paparicada, como ela gosta de ser, e, que eu saiba, o lugar ideal, no mundo virtual, para ser elogiado e retribuir, é o Facebook. Tal rede social, me causa asco!

Ainda penso muito nela, não com o carinho , respeito e paixão, que tive por tempos(apesar de reconhecer que fui rude e injusto com ela , algumas vezes), é a lembrar os pormenores do nosso relacionamento.

Há uns três anos, tomei conhecimento de um transtorno, chamado Transtorno de Personalidade Histriônico. Ao ler sobre, achei que tal transtorno era a cara dela. Ela virou uma onça , quando ficou sabendo disso.
Tudo que passei, tudo que observei nela, corrobora com isso. E as coisas que o poeta cinquentão, que se apaixonou por ela, também virtualmente, falou a ela, sobre seu caráter, corrobora mais.

Suspeito que ninguém mais me leve a sério, no mundo virtual. Se podem achar que sou louco, não só achar, mas mesmo falar, por que não posso fazer o mesmo, com respeito a determinadas pessoas?
Quando há um ano atrás, tive um forte desentendimento com um blogueiro, num outro blog, notei, na ocasião, que o vilão da história, fui eu. Com o passar do tempo, descobriram que o tal blogueiro não era flor que se cheirasse. Um sujeito, que gostava muito dele, há meses atrás, me disse: "vc tinha razão em tudo que disse a seu respeito. Ele é ESCÓRIA, LIXO, egocêntrico, gosta de ser o centro das atenções, quando algo o aborrece, sai atirando para todos os lados... queimou seu filme com todos... não tem maturidade alguma, pela idade que tem". E este sujeito foi coerente, já que há pouco mais de dois meses, o blogueiro citado faleceu, e ele foi o único que não se manifestou sobre o falecido, lhe tecendo loas, como muitos fizeram. É aquela velha história, depois de morto, se torna bom.

Não sou o dono da verdade, sou um pobre mortal, um pé rapado. Mas meu raciocínio, não é tão curto assim, tenho uma certa psicologia, e ao conviver com mais frequência com uma pessoa percebo suas características, seu caráter, claro.

E, hoje, com muita tristeza e pesar, digo que a minha ex-paixão virtual, tem a mesma importância pra mim, que a minha ex-esposa tem: nenhuma! Á partir desta semana, deixei de levar a sério a minha ex-paixão virtual, assim com deixei há anos e anos, de levar a sério minha ex-esposa, morta pra mim, há anos.
E, agora, estou quites com a minha ex- paixão virtual, ela morreu pra mim, assim como morri pra ela.

Repito que praticamente, só interajo nos meus blogs, com intuito apenas de desabafar, já ela, não vive mesmo sem interagir, sites como o Facebook, pra ela, é um bálsamo, onde pode trocar de fotos, se exibindo constantemente, ganhando incontáveis elogios, seduzindo, fazendo seus chamegos, charminhos.
E ela vivia falando que tinha(tem) uma vida, uma vida fora do mundo cibernético, que até mesmo não levava muito a sério gente virtual(já pensou se levasse?)... Paradoxalmente, não consegue deixar de interagir no mundo virtual- mais uma das suas incontáveis incoerências... Sua solidão e seu narcisismo precisam disso... de coisas como o superficial Facebook.

Involuntariamente, fiz minha ex-esposa sofrer, durante nosso relacionamento. Mas, minha consciência não dói. Ela também me fez sofrer. Ela não era flor que se cheirasse. Já a minha ex-paixão virtual, tive algumas crises de consciência até pouco tempo, hoje, não tenho mais. A fiz sofrer, e ela também me fez sofrer, sendo que acabei por , depois de tanto sofrimento, reconhecer quem ela é realmente. Antes disso, ela me falou que abriu os olhos e reconheceu quem eu era realmente. Então, estamos quites!

E que a" menina/adolescente" fique a  se divertir em sites como o Facebook, pois é ótimo para o seu ego e para a sua solidão!
Não sigo mais seus passos! Acabou!

OBS: Neste post, não vou deixar os comentários em aberto.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Aparências - Ter Ou Não Ter?(4- final)




Cada vez mais infeliz e desanimada, minha mãe foi só se entregando, definhando. Se alimentava mal, fumava muito, não dormia bem-mesmo  tomando calmantes. Veio a falecer de enfisema pulmonar, de 29.08.2008, depois de ficar 37 dias hospitalizada, quase 30 dias no CTI.

Praticamente todos os objetos da nossa casa, ficaram com o J., incluindo as roupas e joias da minha mãe.
A confortável casa foi vendida. Eu e meu irmão recebemos 40.000, pela venda, cada um.

Em 30.05.2012-um dia depois do meu aniversário- era a vez do J. também falecer, de infarto.

Tanto luxo, tanto materialismo, tanta ambição, tanto apego... tristezas, brigas... poucas risadas, muita contrariedade... No entanto, para muitos, éramos felizes. O J. parecia mesmo feliz,como eu disse, mas minha mãe, eu e meu irmão(empregado do J.) estávamos bem infelizes. As aparências... a pseudo-felicidade por se ter posses, conforto...

E eu, me apeguei há 38 anos nos meus discos. Um pequenino patrimônio, que eu adorava. Antes de vendê-los, eu tinha medo de ficar sem eles. Medo de acidente de trânsito, nas incontáveis mudanças que fiz, no decorrer da minha vida, medo de incêndio, enchente, cupins, vandalismo, roubo. Meu irmão , uma vez, me disse: "vc critica muito o capitalismo, o materialismo dos outros, mas olha a quantidade de discos que vc tem... isso é que é capitalismo!".

Questiono: vale a pena ter posses? Vamos morrer e deixar tudo aqui. Minha mãe e seu companheiro, perderam o que tinham depois de mortos. Meu caso, foi pior , pois perdi meus adorados discos, ainda vivo. Vale á pena? Creio que não.

A meu ver, é bom não ter filhos, cônjuge, irmãos, amigos, animais de estimação, carros e tanta coisas mais de consumo. É bom não ter um time futebol de coração, é bom não sermos nacionalistas, idealistas, engajados... Os prazeres que encontramos com o que acabei de citar, são pífios,  e sempre acompanhados de aborrecimentos, de transtornos, de ingratidões. Nos apegamos nestas posses. Melhor ter só o essencial.Entretanto, a gente sempre quer ter algo, se apegando a tal... e tudo é fugaz, no final, perdemos tudo, nada temos, até mesmo porque nada somos.

Nas aparências, alguns são felizes. Em redes sociais, como o Facebook, todos são felizes, são conformados, torcem para a seleção brasileira, já pensando na conquista do hexa em 2018. Na blogosfera, a  mesma coisa, só que com menos intensidade, com menos exagero que em redes sociais. Todos são lindos no Facebook, mesmo os feios. Os lindos ficam mais lindos ainda. É prazeroso exibir nossos retratos, mudando de fotos constantemente e só a receber elogios.

Nas redes sociais e na blogosfera, todos , além de felizes, são politicamente corretos, ninguém tem preconceito ,  menos eu,

Aparências - Ter Ou Não Ter?(3-continuação)




O J. dava muito conforto para a minha mãe. Meu pai também deu muito conforto, mas não tanto como o J..

Aos poucos, minha mãe foi percebendo que o J. não era tão bom, como parecia ser. Pra piorar, a família dele era um verdadeiro estorvo, que só explorava e lhe dava aborrecimentos, sem ter consideração alguma com o mesmo. Minha mãe , ficava indignada, procurava abrir seus olhos, mas ele não dava a mínima, preferia ficar do lado da família(ele tinha um casal de filhos e três netos-além de irmãos...).
A família do meu pai nunca incomodou a mama.

E o calvário ficaria maior comigo morando com eles, com meu irmão sendo empregado do J., e o pior de tudo, um dos irmãos da minha mãe, na cara de pau, morou ao menos dois anos com a gente.
Minha mãe tentava contornar a situação,sempre colocando panos quentes. Eu e o J. não nos entendíamos . E o relacionamento dele com meu irmão, era pior ainda. Era falado que J. gostava de mim, mas não gostava do meu irmão.

O J. era sujeito rude, de pouca cultura, vulgar, imaturo, de personalidade fraca, influenciável, incoerente, debochado, intrigante, inconveniente, provocador, vaidoso... uma pessoa bem difícil de se lidar. Todos que conviviam com ele com mais assiduidade, incluindo minha mãe, naturalmente, sabiam disso.

Ele era um micro empresário, que ganhava muito bem. Vivíamos numa casa super confortável, comendo do bom e do melhor. Era raro, mas bem raro o mês em que os dois não comprovam coisas no Shopping Time. Era até comum, o J. trocar de carro... carro 0... sempre renovando em termos de televisões(as melhores possíveis), camas, fogões, freezers , geladeiras e tanta coisa mais. Vestiam-se muito bem.
Havia também as incontáveis (e até desnecessárias, penso eu) reformas e pinturas nas casas. Eu já estava de saco cheio de tanto ver pedreiros em nossa residência.

Tal consumismo me assustava. Pra mim, eles exageravam muito. Era muito materialismo pro meu gosto, afinal, a gente morre e nada leva. Eu ainda ficava preocupado de entrar ladrão na casa, já que era notório para os vizinhos o valor alto das coisas em nosso lar. Nossa casa , era a melhor do quarteirão...

Minha mãe, já há muito infeliz, só melhorava o astral quando compravam algo... é a tal doença do consumismo.

Eu estava infeliz, assim como minha mãe, mas o J., mesmo com todos os problemas que ele tinha, se dizia feliz, se achava um homem bom, fácil de se lidar. Minha mãe, dizia que ele não tinha maturidade alguma, era como um adolescente, que gostava de viver perigosamente. Ele não a tratava bem, era bruto, não era carinhoso,a preteria pelos filhos, netos e irmãos.
As pessoas que não conviviam com frequência com o J., o tinham como um ótimo sujeito, incluindo parentes da minha mãe e, até do meu pai, que gostavam muito dele...

continua...

Aparências - Ter Ou Não Ter?(2- continuação)




Meu irmão também gostava do companheiro da minha mãe. Preocupado , eu  quis saber sua opinião, a respeito dos dois... ele: "tem tudo para dar certo... eles gostam das mesmas coisas".

Contudo, um acontecimento, aborreceu o , até então,feliz casal: a ex do J., depois do término do romance com o delegado, quis voltar para ele, e virou uma onça, ao saber que os dois estavam vivendo juntos.
Irada, foi até o apartamento dos dois, ofendendo bastante a minha mãe. Só quando ela ameaçou agredi-la fisicamente, o J. interviu: "nela você não vai bater não!". Que eu saiba, nunca mais as duas se viram.

No mesmo dia, a meu ver, o companheiro da minha mãe já começava a revelar seu caráter, pois à noite, mesmo com ela  ainda tensa, ele começou a rir do fato, o que a deixou muito aborrecida. Eu, ao contrário, fiquei com tanta raiva, que queria que a mama me desse o endereço da megera, para ir em sua casa e xingá-la bastante(não presenciei a discussão). Minha mãe, claro , não deu...

O folgado do irmão mais velho da minha mãe, que morava numa cidade do interior das Minas Gerais, e frequentemente era hóspede dela (desde os tempos em que ela morava com meu pai), ficou enciumado, afinal, um ególatra como ele, queria atenção só pra si, não gostando de dividir com o J..

E meu tio, no apartamento da minha avó, ingratamente, começou a criticar minha mãe, chegando até a insinuar que os dois teriam tido um caso ainda quando o J. vivia com a F.. Fiquei p. da vida e tive uma forte discussão com ele...

Apesar da minha mãe ter sido filha de uma adúltera, sua  índole dela era bem diferente. Dos cinco filhos que minha avó teve, os galinhas, que a puxaram, foi, justamente o citado mais velho e o filho número 4.
Não acredito que minha mãe teria coragem de trair sua melhor amiga.
Se os dois , a mama e o J., acabaram por se gostar, a F. tem sua parcela de culpa, pois ela deixava os dois até ficarem juntos, sem sua presença. Os três iam para bailes... a F., permitia que os dois dançassem juntos...
Penso que como não convivemos com ninguém por 24 horas, não podemos provar certas coisas. Pode até ser que tenha havido traição, afinal, muitas vezes, da onde se menos espera... e há os que fazem muitas coisas debaixo do pano. Contudo, acho mais provável não ter havido traição.

continua...


Aparências - Ter Ou Não Ter?(1)




O que não falta é quem julgue pelas aparências. Do lado da nossa casa, mora um casal, pai de dois filhos.  Os quatro de boa aparência, moram numa casa confortável, tem carro, enfim, muito conforto. Parece ser uma família feliz. Mas, ao convivermos com eles, conhecendo-os melhor, percebemos que não se trata de um lar onde a felicidade permeia.

É comum mesmo nos enganarmos. Aquele colega de serviço tranquilo, boa praça, não é tão feliz como aparentava.

Ao irmos em algum estabelecimento, dentro do ônibus, até mesmo em festas e churrascos, nota-se a infelicidade de muitos, sendo que um tanto aparentavam ser felizes.

É dito que a felicidade está no íntimo da pessoa. Alguns afirmam ser felizes. Pode ser dissimulação, mas pode ser verdade... como saber ao certo?

Quanto mais dinheiro, mais conforto, mais glamour, mas mais problemas, mais desassossego. No entanto, pessoas bem dinâmicas, que amam o trabalho, que adoram desafios e agitações, mesmo com todos aborrecimentos pelos quais passam, se sentem felizes.

Quem nunca ouviu falar referente aos  atores e músicos famosos, que sofrem muito: "é o preço da fama!".

Meus pais se separam no final de 1992, depois de 37 anos de casados.

Em 1994 ou 1995, minha mãe junta os panos com um homem, 1 a 2 anos mais velho do que ela(meu pai, era 10 anos mais velho).

Minha mãe já o conhecia, já que ele viveu com a sua melhor amiga.

A amizade das duas terminou, pelo que entendi, por ciumes do futuro companheiro da minha mãe.

Algum tempo depois, ao se separar da ex-amiga da minha mãe, por descobrir que ela estava o traindo com um delegado, irmão de uma vizinha da mama, quando ela morava ainda com meu pai, ele propôs que vivessem juntos. Ela aceitou...

Na ocasião, eu morava com minha a avó materna. E a mama, ao telefone, muito contente, me conta que começou um namoro com o J.. Eu o achava legal, simpático. No entanto, não o conhecia direito, daí , preocupado, perguntei: vale à pena mãe, as referências sobre ele são boas? Entusiasmada, radiante de felicidade, ela respondeu: "ótimas!".

Ainda navegando, num mar de felicidade, ela me disse: "pode até ser que ele mude, espero que não, mas ô homem bom!".

Mas, o que é bom dura mesmo pouco, e o pior estaria para acontecer...

Marcadores