terça-feira, 2 de outubro de 2012

Esboço Sobre A Prostituição(2)

Vale lembrar que muitas fazem seu "pé de meia", algumas até, nos tempos atuais, estudam, com esperanças de arrumar uma profissão digna e sair dessa vida. Caso consigam isso, como seriam suas vidas pós-prostituição? Assim como o mau deixa marcas, com a prostituição acontece o mesmo...

Bem, apesar dos tempos serem outros, classifico as prostitutas em dois tipos: a mercenária(a maioria) e a ninfomaníaca(minoria). Uma mulher que transa com dezenas(ou mais ) de homens , diariamente, alguns até repelentes, seria uma mulher digna? A chamada difícil vida fácil, seria apenas uma questa de preguiça, de comodismo? Uma mulher que vende seu corpo, sem ter prazer, transando com tudo quanto é tipo asqueroso de homem, mesmo não tendo outros desvios de caráter, não é nem um pouquinho confiável, é uma mercenária, topando tudo por dinheiro.

Algumas mercenárias conseguem se casar. Já ouvi falar que algumas se tornam boas esposas, fiéis. Cheguei até a conhecer um casal, vizinhos, ele bem mais velho do que ela. Se viviam bem, não sei dizer. Nem dizer sobre o que os(a) filhos(a) dele, do primeiro casamento , pensavam a respeito. Uma senhora, velha conhecida, revelou que seu filho viveu com uma prostituta- foi um desastre! Como seria o estado psicológico das prostitutas, tanto as que se perpetuam na profissão, quanto as que abandonaram a sua labuta?  Uma prostituta mercenária seria feliz?  Acredito só ser for muito cínica. Ah, esqueci dos evangélicos: Deus sempre perdoa. Mas e as marcas e os fantasmas do passado e os pesadelos noturnos?

Quanto à prostituta ninfomaníaca, penso que não deve ser censurada, pois ela sente prazer no que faz; portanto, junta o útil ao agradável, apesar de não ter o respeito de grande parte da sociedade. Não seria também um preço um pouco alto para se pagar?  A ninfomaníaca, ela , bem mais que a mercenária, não deve mesmo se casar, já que é bem provável ser impossível não conviver mais com seus costumes, com sua insaciabilidade.

Minha humilde, ingênua e besta pessoa, já pagou pelos serviços de prostitutas. Me iniciei com uma, quando tinha dos 13 para 14 anos. Mas, sempre questionando as coisas, aos 20 anos , parei com isso. É humilhante pagar para transar.

Me lembrei de um conhecido, que confessou que nos anos 80, se apaixonou por uma prostituta. Ele tinha uma vida bem ativa, no tocante a sexo, tanto com profissionais do sexo, como com mulheres comuns, porém sucumbiu ao encantos de uma "massagista". Ele disse que não foi nada agradável, pois não aceitava estar apaixonado por uma mulher deste naipe; tanto que nunca revelou a ela sua paixão. Sentiu tristeza e alívio ao mesmo tempo, quando ela saiu da Casa de Massagens, desaparecendo de sua vida. E disse que foi uma lição, pois nunca mais transou com prostitutas.rs

E você, meu caro, vamos supor que estejas num lugar, um bar/restaurante, aí surge uma mulher tipo Monica Bellucci. Você fica de olho, ela se retira rápido; e alguém te diz: "ela é garota de programa; trabalha numa Casa de Massagens , aqui perto". Você, solteiro, descompromissado, com dinheiro no bolso, resistiria à tentação? Afinal, a carne é fraca...rs.  E se você fosse comprometido?  Mais complicado ainda, não?rs
Paradoxos da vida...

16 comentários:

  1. Não sei se dá para classificar todas as pessoas que se prostituem em um determinado grupo. Digo isto porque dias atrás eu vi um documentário bastante forte sobre tráfico humano e a humilhação e crueldade que estas pessoas passaram e / ou ainda passam é revoltante.
    Muitas pessoas caem na prostituição também, inclusive menores de idade, para fugir de alguma situação abusiva em seus lares. Mas tem razão, nem todas as pessoas se prostituem por precisar do dinheiro, muitas é por ambição ou por prazer mesmo.

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  2. Oi Cristian, mas mesmo que eu não tenha dito o que você disse, é isso mesmo que acontece, em certos casos, eu coloquei tal coisa, mesmo sem referir ao tráfico. A tal propaganda enganosa, e longe de mim, ser contra as mulheres, já que detesto injustiça e gosto delas, mesmo assumindo um pouco de machismo, mas mais no tocante a palavrões, ciumes, etc...

    Seu comentário, claro , que foi muito válido, as mulheres continuam ainda a ser vítimas não só de machistas, de canalhas!

    Grato. Espero, bem a meu jeito, que tenha me feito compreender.
    Sempre é bom oposição; comentários contrários podem clarear nossa mente.

    A luta pela sobrevivência é difícil. Mas temos também que lembrar que homens e mulheres, mesmo com a machismo ainda vivo, está bem em pé de igualdade. E elas, são bem competentes no que fazem. Estou dizendo isso , nas profissões, que nada tem a ver com a prostituição.

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  3. A felicidade é para todos, assim como o sol. Porém nem todos tem a mesma oportunidade e o mesmo estimulo. Felicidade é muito pessoal. Temos que acreditar nas pessoas dando-lhe uma outra oportunidade, até mais de uma vez.
    Existem profissionais do sexo por vício ao mesmo.
    A vida não é fácil para todos.
    Beijos!!!!

    Por falar em profissão, estou fazendo no SENAI o curso de Montador de micro. rsrsrsrsrsr Será que aprendo????

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  4. Bem... Espero que aprenda, claro, que tenha sucesso! Eu já desisti de tudo. Como dizia John Lennon, "Nothing is gonna change my world".

    Torço por você, sinceramente!

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  5. Eu gosto de ver tudo do outro lado, geralmente do lado que a sociedade não está disposta a ver. Com a prostituição não foi diferente de outros assuntos como a homossexualidade, que tive que ver de perto experimentar e tal. Eu já vendi meu corpo uma vez em troca de drogas e você sabe que fui viciada em drogas. E te digo que existem muitas razões para alguém se prostituir além dessas duas que vc citou. O vício é uma delas, porque quando a pessoa se prostitui pelo vício e é algo bem mais comum do que se imagina, ela não tá pensando na satisfação sexual dela ou do outro, ou se vão pensar isso ou aquilo dela ou do outro. A pessoa tá querendo mesmo é dinheiro para mais uma dose, porque tudo para um viciado se resume em mais uma dose, se perde tudo, a dignidade, seus princípios tudo mais. Então não me envergonho de dizer que já me vendi, pois quando fiz isso sequer me importava com o fato de estar viva ou morta.

    Hoje em dia claro que prostituição é algo que não faria mais, não tenho motivo algum para isso, não acho que seja algo fácil de encarar, principalmente de cara limpa. Acho que bem poucas estão lá porque escolheram isso como forma de se divertir de algum modo. Acho que outras razões mais pesadas levam à prostituição na maioria dos casos.

    Conheci algumas prostitutas e te digo que existem vários tipos de pessoas que se prostituem. Conheci uma que não precisava e se prostituia pelo prazer e conheci uma que odiava e se prostituiu num momento da vida que ela não via outra opção, logo que deu ela saiu daquela vida e se manteve uma pessoa doce e com valores humanos bem relevantes.

    Então tudo é muito muito relativo e é bom ser visto bem de perto para ter uma noção melhor. Hoje em dia não aprovo e não condeno. E também não sei muito bem o que penso de homens que usam o serviço de prostitutas. Também vejo cada caso como um isolado, prefiro não rotular.

    Beijocas

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    1. Escrevo, escrevo e sempre esqueço de algo. E me esqueci deste detalhe importantíssimo que você relatou, Dama.

      Fico impressionado com a sua franqueza. Você é muito corajosa. Uma das maiores qualidades que uma pessoa pode ter é ser franca, ser assumida.

      Me esqueci de falar sobre o casal, que conheci na adolescência, num local que morei por 4 anos. Eles moravam no mesmo prédio que eu morava. Mudaram pra lá depois de nós, e , se não me falha a memória, mudaram antes de nós. Logo quando eles foram vizinhos nosso, compraram uma padaria, em frente ao prédio onde morávamos.
      Ela tinha os cabelos pretos, era clara, não era muito feminina, tinha a voz grossa, mas era bem simpática, uma pessoa agradável. Ele, já de idade, tinha o tipão de gente boa, mas era meio paradão, aparentando ser um homem submisso. Eles atendiam bem, eu gostava muito deles. Todos sabiam que ela era ex-prostituta(não sei como a notícia se espalhou). Um tio materno, galinha, a conheceu e falou com a minha mãe sobre a mesma; a chamou pelo nome diminutivo. Ela, então, não usava nome de guerra, quando se prostituia. Ela era trabalhadora. Agora, veja bem, será que ela o amava? Não será que ela, mesmo trabalhando na padaria e em casa, não achou bem mais cômodo se casar com um homem de bem, do que continuar a se prostituir?

      No meu caso, eu me sentiria como um conhecido sentiu, ao se apaixonar por uma prostituta(relatei no post). E creio que mesmo se o casal se entenda, o preconceito da sociedade é enorme, o que pode minar a felicidade do casal.

      Antigamente, tinha também os casos de mulheres que entravam para a prostituição, mas desistiam rápido, achavam que deram um passo errado. Neste ponto compreendo, não censuro, assim como no caso, como o seu , Dama, que entrou nessa para sustentar seu vício pelas drogas. Censuro são as velhas de casa, as que chamo de mercenárias.

      Desculpe a indiscreção, você se envergonha por ter se prostituído? Foi traumático para você?

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  6. Talvez minha opinião não agrade a grande maioria, mas mesmo assim me faço no direito de dizer....
    Pra mim é um bando de safadas, gostam do que fazem e inventam um monte de desculpas pra pratica dessa "profissão" (rsss).
    O que mais falta no Brasil é empregadas domesticas. Serviço digno e honrado, mas pergunta pra uma delas se elas querem isso? Não consigo acreditar que exista prostituta que faça isso porque não tem outra solução. Tem sim! Mas elas GOSTAM do que fazem e muitas quando interrogadas se fazem de vitimas...
    As respeito desde que não queiram ser coitadas. Porque todo mundo tem o poder e direito de mudar qualquer situação profissional. E principalmente hoje em que a televisão tá aí dizendo declaradamente sobre trafico de mulheres pra prostituição fora do país, tá cheia de meninas que querem embarcar nessa e depois dizem que não sabia...dúvido.

    Forte abraço!

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  7. Mas, Fabiana, empregadas domésticas sofrem demais! Trabalham muito, ganham pouco, nem sempre são bem tratadas, e é comum serem assediadas pelos filhos da patroa, e até mesmo pelo seu marido(da patroa).rs. Se eu fosse mulher, preferiria ser prostituta do que ser empregada doméstica, mas eu seria uma profissional do sexo diferente, só transaria com mulheres.rs

    Muito obrigado por sua presença.

    Apareça com mais frequência, ok?

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  8. Eu não me envergonho, apenas não me orgulho. Acho que foi uma passagem ruim da minha vida, assim como as drogas, mas isso já tá num passado mais ou menos distante.

    Eu me orgulho de ter dado a volta por cima, isso é mais forte dentro de mim do que qualquer vergonha ou trauma por ter feito coisa não legais. Hoje em dia muita gente queria ter a vida que eu tenho e eu já tive uma vida que ninguém queria ter. Acho que é isso que dou valor e tento focar sempre na minha vida, a minha capacidade de me reinventar.

    Não me traumatizou não a fase da prostituição. Acho que o Bullying que sofri no colégio deixou mais traumas...

    Beijocas

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  9. É, Dama, você é uma mulher muito forte, que consegue dar a volta por cima.

    Muito obrigado por responder.

    Tudo de bom!

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  10. Não gosto de fazer julgamentos. Cada indivíduo usa o corpo como desejar. Isso não significa que aprovo, eis que nem todas as pessoas que passam por necessidade se prostituem. Você se referiu às mulheres, mas há muitos homens vivendo desse "mister", infelizmente. E a "profissão" só persiste porque existem os que pagam por esses serviços. Abraços

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  11. Eu e meus textos... Me esqueci de falar da prostituição masculina. No entanto, a feminina é mais falada e mais antiga(rs). A sociedade é cruel com as mulheres, infelizmente.

    Com as drogas também é assim... enquanto houver consumidor, enquanto houve trouxa, a prostituição e o tráfico de drogas existirão, óbvio.

    Grato por sua presença.

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  12. Vender o corpo é um direito, uma opcao?

    Complexo isso... mto complexo...

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  13. Seja bem-vindo, Cristiano!

    Penso que a pessoa vende seu corpo se quiser, mas existem as consequências, que podem ser caras. Eu, particularmente, não gosto de pessoas que vendem seu corpo.

    Grato pelo comentário.

    Apareça sempre!

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  14. Olá, Roderick!

    Esse é outro tema muito bom e você escreve muito bem sobre isso. Noto o quanto você quer escrever de forma imparcial.

    Não sou uma pessoa de julgamentos. Até mesmo porque acredito que dentro de cada um de nós, dentro do mais profundo de nossa psicologia, existe um pouco de cada coisa que condenamos.

    Não tenho uma visão muito clara sobre o assunto e não entendo como algumas mulheres ( e homens ) podem gostar tanto de sexo, mas sei que para tudo há um motivo e gostei da explicação da Dama.

    Pessoalmente eu ( já passei por situação de extrema pobreza ) nunca usaria meu corpo para vender; pois até em meu próprio casamento sou "meio travada".

    Tenho uma conhecida que vendia o corpo sim. E somente por dinheiro. Era condenada pela família e quando eu perguntava a ela porque fazia isso respondia "não sei" e enchia os olhos dágua. Hoje está casada e apaixonada não fez mais isso.

    Quando eu era pequena e minha mãe lavava roupas para fora. Lavava roupas também para umas mulheres de pensão na minha cidade do interior. Elas iam na minha casa entregar as roupas, cresci com o entra e sai de mulheres levando e buscando as roupas. Meu pai deixava minha mãe lavar, mas minha mãe não podia entregar as roupas na casa.

    Volta e meia as mulheres pediam para a minha mãe pintar os cabelos delas e elas iam lá na minha casa. Eu ficava olhando para elas. Ouvindo, lá do meu quarto a conversa delas. Todas usavam perfume muito forte... lembro muito disso.

    Falavam normalmente e nunca diziam nada sobre a "função". Tempos depois ( na adolescência ) é que fui saber que "função" era aquela.

    Nunca as julguei, mas umas vizinhas vociferavam contra elas. Jogavam até pedra na casa delas, na época. Penso que (risos) as vizinhas tinham muita vontade de ser como elas e por uma coisa ou outra não conseguiam.

    Beijos!

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  15. Bem interessante o seu relato! Jogavam até pedras na casa delas... Lamentável!

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