sexta-feira, 6 de julho de 2012

A Espiritualidade e Eu




Estou fazendo este post de improviso. Isso, decidi hoje. O que me serviu de inspiração, foi a sugestão do blogueiro Christian, do blog Escritos Lisérgicos, que sugeriu uma blogagem coletiva, a respeito do tema "Espiritualidade". Como não gosto de nada coletivo, achei melhor não participar. E também não sou disciplinado, além de não gostar que tenham expectativas a meu respeito, já que não sou letrado, não tenho estética  e meu modo de ver as coisas, não é nada convencional, não é nada otimista. No entanto, esse tema é muito interessante.

Acabei de ler sobre o assunto nos blogs que sigo, "Diário de Um Ano Bom" "Uma Caixa de Pandora", "Escritos Lisérgicos" e  "MoiselleMad". Gostei do que eles escreveram. Agora, minha humilde pessoa vai tentar dizer algo a respeito de espiritualidade.

Pra início de conversa, nem sei o que é isso. O que seria espiritualidade?  Um elo com Deus? Um elo interior consigo mesmo? A crença que somos mais que matéria, que existe algo além, pós morte, que somos seres espirituais?


Eu, particularmente, não acredito em nada disso.

Minha formação , foi católica. Fiz primeira comunhão aos 10 anos de idade, quando estudava no colégio Curso Chopin. Tenho ainda duas fotos do evento. Numa, estou ao lado dos colegas, cercado por uma mesa repleta de salgados, doces e refrigerantes(esse foi o ponto alto da primeira comunhão-rs). Noutra, estou na primeira comunhão mesmo, de terno e, ternamente, comovido com as palavras religiosas, com a cabeça um pouco inclinada, parecendo uma bichinha(rs).

E a bichinha católica continuou, no mesmo ano, a frequentar uma igreja, perto de casa, todos os domingos. Eu ia até a missa, bem cedo, e era a única criança na Igreja entre os adultos, que me olhavam admirados...
Incrível, como a gente pode ser tão idiota assim!

No ano seguinte, ao tomar conhecimento da morte do meu avô. Muito triste, comecei a questionar a existência de vida após a morte...

Na adolescência, minha mãe, com um certo entusiasmo, começou a falar sobre a doutrina espírita. Gostei e achei que fazia sentido a teoria da reencarnação. Frequentei um pouco um centro kardecista. Mas, mesmo crendo, eu não queria compromisso com a religião,e achava que o espiritismo era triste e monótono ao mesmo tempo.  Me afastei... Os espíritas não concordaram com minha atitude, pois eu era "médium", e "médium tem que se desenvolver".

Em 1979, aos 23 anos, acometido por uma forte depressão, gerada por uma terrível fobia, que me fez perder a graça em tudo, até mesmo em escutar meus rocks e perder o apetite, fui pedir ajuda a um respeitado ancião espirita. Eu suspeitava que espíritos inferiores estavam me perturbando. Ele disse que poderia não ser isso; que eu estava desempregado, à toa, sem rumo, e que isso poderia ocasionar uma depressão. Contudo, ele sugeriu que eu voltasse a frequentar o centro espírita.

continua...


6 comentários:

  1. E começa mais uma saga, eu gosto da forma como o senhor conta suas histórias, pq sempre é de forma muito franca. Senhor Tio Verden, o senhor é um homem muito inteligente pode desenvolver tema que queira. E é sim um homem culto.

    O senhor já pensou em fazer um curso universitário??? Talvez fosse bom e instigante!!!

    Cheros tio Verden.

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  2. Vou aguardar a continuação desse post porque me interessou! Sou espírita... Estudo a doutrina... Bjs

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  3. Sobrinha Pandora,

    Vc , como sempre, muito gentil, me superestimou.

    Sobre o curso universitário, quando passei com notas boas, exceto em matemática e ciências, a mulher que me deu o diploma, disse, "essas notas são raras, raras mesmo, já pensou em tentar o vestibular?". Mas a resposta é a mesma: sou acometido de falta de ambição , de falta de objetivo.

    Camila, te respondo, então, no outro poss.

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  4. Ah, Pandora, passei no supletivo, de segundo grau.

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  5. Primeira comunhão e batizado, são coisas que a igreja católica faz quando a pessoa ainda é criança e sem noção de escolha.
    Hoje estou como Verden, acometido de objetivos. Tenho ambições por ter que sobreviver em um país tão capitalista. As pessoas valem o diploma que tem, a conta bancária e o imposto de renda.
    Beijos!

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  6. É isso, Janice.

    Grato pelo comentário.

    Abraços

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