segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Minha Saga Profissinal

Ao ver um post no blog da Dama de Cinzas, Confissões Ácidas, me deu a idéia de criar um  post contando minha fracassada e triste saga profissional.

Meu pai era empregado do seu irmão mais velho, no mercado central. Trabalhou durante muitos anos com o meu tio, numa banca de frutas. Às vezes, quando eu estava em férias escolares ou largava os estudos, meu pai me levava pro mercado, pra ocupar meu tempo, me ensinar a trabalhar, creio eu, e até mesmo me castigar.

Eu estava cursando o último ano ginasial. Detestava estudar e matava muita aula. No final do primeiro semestre, a direção da escola descobriu que eu não havia frequentando aulas de educação física. Meus pais acabaram por descobrir que eu matava muita aula. Nas férias de julho, meu pai me colocou pra trabalhar no mercado. Optei por parar com os estudos e trabalhar no local. Meu tio, meu pai e eu não tínhamos dias de folga. Eu pegava serviço por volta de 5:40, 5:30 da manhã, largava às 18 hs., de segunda a sábado. No domingo, trabalhávamos até o meio dia. Eu com 17 pra 18 anos, ainda tinha ânimo de namorar e sair pra beber e me divertir com colega.
Eram duas bancas de frutas, uma enfrente da outra. Meu pai e meu tio trabalhavam na banca que vendia muito. Eu trabalhava na outra... No começo, eu estava animado, chegando até a sonhar em ser proprietário de uma banca. Me imaginava fazendo as compras de frutas, no atacado, de madrugada, e trabalhando praticamente só na parte da manhã. Na parte da tarde, como dava pouco movimento, deixaria por conta do meu empregado; descansaria e/ou paqueraria, só voltando pra fechar a banca, às 18 hs.

Eu me esforçava bastante, querendo que a banca , na qual eu trabalhava, vendesse muito, tendo fregueses assíduos, tal qual a banca onde meu tio e meu pai trabalhavam. Consegui uns pouquíssimos fregueses assíduos, e , para minha desilusão, eram fregueses que compravam muito pouco, tipo um ou dois quilos de laranja. Eu queria ter fregueses que comprassem muito, incluindo frutas caras, claro. A banca não vendia bem, isso me deixava muito chateado. Um dia, apareceu um freguês, era um sujeito elegante, tipo o falecido cantor Agostinho dos Santos, ele começou a comprar bem, muito, mas meu tio e meu pai não deixaram eu atendê-lo, tomaram a frente. Na outra vez que o freguês voltou, foi comprar na outra branca... Isso foi frustrante! Em questões de poucos meses, me desiludi. E a puxada carga horária me cansava muito. Neste ínterim, o Ceasa foi criado. Meu pai recebeu uma proposta irrecusável de trabalhar numa loja de atacado de frutas, pediu demissão.  Meu tio vendeu a banca, a qual eu trabalhava, e passei a trabalhar com ele na outra banca. No começo do ano seguinte, voltei a estudar. Trabalhava de dia, estudava à noite. Depois de 9 meses  trabalhando sem dia de folga, pedi demissão. Já detestava trabalhar no mercado...

Continua...

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