quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Uma Estranha e Incomoda Sentinela

Era um simples soldado, que não gostava de sua função. Abraçando tal profissão, apenas por falta de opção.

Um dia, seu comandante lhe confiou uma missão: o soldado teria que ficar todas às sextas-feira, à partir da noite, até no domingo à noite, de sentinela, já que era possível ataque(s) de inimigo(s).

E, à partir daí, o soldado tem feito sentinela, e isso há bem tempo. Ele fica tenso, muito tenso!
Em alguns finais de semana, o(s) inimigo(s) ataca. Há trocas de tiros, mas ninguém fica ferido...
Noutros finais de semana, o(s) inimigo(s) não aparece(m).
O soldado fica aliviado quando o domingo está para se encerrar e o inimigo não aparece.
Porém, em todo final de semana, ele fica tenso e chateado.

De segunda a quinta-feira, ele até que gosta da sua função. Se sente tranquilo, em paz!
E mesmo da sexta-feira , ele gosta, mas já começa a ficar tenso, principalmente quando a noite chega.

Tal soldado , sou eu. Sinto-me muito bem dentro do meu lar, sozinho, curtindo a bela visão da minha varanda; ouvindo minhas músicas; usando o computador; almoçando, tomando meu café; fazendo o lanche no começo da noite, acompanhado de bebida alcoólica . Isso de segunda a sexta-feira, antes de chegar a noite. Mais prazeroso ainda , de segunda a quinta-feira.

E tudo piora quando tem um feriado, no final de semana... feriadão, pior ainda.
E o famigerado carnaval está chegando... Que vontade de hibernar, de ficar dormindo desde sexta-feira à noite , acordando na quarta-feira de cinzas, de manhã.

E, pra quem não entendeu, o(s) inimigo(s) é(são) o(s) vizinho(s) patrocinador(es) de poluição sonora.

Sábado e, mais ainda o domingo, já são ruins até mesmo sem barulho. Me incomoda só de saber que nas tantas casas em volta da minha, há movimento. O pessoal está de folga. Tirante sons altos, não existe barulhos irritantes por aqui, mas ainda assim, sinto um pouco incomodado. Vozes, algumas de crianças,com seus gritos, típicos delas mesmo; um churrasco numa das casas próximas; o vizinho ao lado recebendo visitas...

E moro no alto, em cima de um barracão. Devido as janelas e à grande varanda, que fica aberta(tudo sem cortina), vejo, mesmo não sendo de bisbilhotar, o movimento ao redor. E creio que como não há muro alto ao redor, escuto com mais ênfase conversas e as poluições sonoras. Este é um inconveniente de morar por aqui. Tudo é aberto... Se eu tivesse condições, moraria bem isolado,sem vizinhos ao redor.

Frequento bar aos sábados, mas porque acho pior ainda ficar em casa, já que os bares, nos sábados, são mais lotados...

Com a saúde ainda muito boa, parece que ando doente da cabeça, da alma.

Torcer para que o(s) inimigo(s) não ataque(m) neste final semana, emendado com o famigerado carnaval.
Que este soldado da fortuna aqui, tenha paz!

Mas, segue uma confissão: estou para desertar.

Soldado da Fortuna(David Coverdale)

Tenho, frequentemente, te contado estórias sobre a maneira
Como eu tenho vivido a vida de um errante, esperando pelo dia
Em que eu pegaria sua mão e cantaria canções para você
E talvez você me diria:
"Venha, deite-se comigo e me ame"
E eu ficaria, com certeza.

Mas eu sinto que estou envelhecendo
E a canção que eu costumava cantar
Ecoa distante
Como o som
De um moinho de vento rodando
Acho que sempre serei
Um soldado da fortuna

Muitas vezes, eu tenho sido um viajante
Procurei por algo novo
Nos dias do passado, quando as noites eram frias
Eu fiquei vagando sem você
Naqueles dias meus olhos pensativos
Tinham  visto você chegando perto
Embora a cegueira estaria  confundindo
Isso mostrava que você não estava lá

Agora eu sinto que estou envelhecendo
E a canção que eu costumava cantar
Ecoa distante
Como o som
De um moinho de vento rodando
Acho que sempre serei
Um soldado da fortuna

Sim, eu posso ouvir o som
De um moinho de vento rodando
Eu acho que sempre serei
Um soldado da fortuna
Eu acho que sempre serei
Um soldado da fortuna


2 comentários:

  1. Senhor Verden, por favor vá com calma nessa história de desertar! A vida é caos, esse seu post me lembrou que o carnaval é uma força em Recife e minha suave paz também estará bem abalada nos ultimos dias... Aff... Mas o que se pode fazer além de ter paciência!?!? Eu estou cansada, trabalhando muito, tendo muito sono.... estou aqui na frente do pc quase caindo para frente... mas não quero ceder a tentação da desistência.

    Cheros, Jaci.

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  2. Oi Jaci Pandora. Nossa, não gostaria de estar no seu lugar. Haja paciência!

    Sobre desertar, me lembrei que eu temia em pegar exército. Eu não queria mesmo, e deixei todos à minha volta ciente, incluindo meus pais. As pessoas falavam que eu pegaria exército. E eu com medo... Apesar do meu pai não ter sido , durante grande parte da minha vida, do lado da minha pessoa, ele me surpreendeu, pois falou que se eu pegasse exército, conversaria com um militar amigo seu, bem influente, para me dispensar(olha o jeitinho brasileiro aí.rs). Mas, não precisou da intervenção do militar; fui dispensado por excesso de contingente. Tive sorte. Tenho quase certeza que eu desertaria se pegasse exército.

    Que vc tenha paz e descanse bem no carnaval.
    Cheros!

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