terça-feira, 27 de agosto de 2013

Minha Saga Com Os Profissionais da Psique(4)


6) Uma Forte Depressão

No primeiro semestre de 1987, me bate uma depressão brava! Dormia mal, perdi o apetite...
Foi aí que revelei que em 1985 havia procurado uma psicóloga.
Minha mãe mandou eu procurar a Beth.

Foi só uma consulta, pois a Beth percebendo que meu caso era bem sério, me encaminhou para um psiquiatra.

O psiquiatra era idoso. Minha avó materna falou que já havia se consultado com ele, e que o mesmo era muito conceituado.

Fui em seu consultório apenas uma vez. Interessante foi que quando mencionei Nietzsche, ele ficou entusiasmado, falando sobre o filósofo alemão(rs). Uma coisa que não gostei nele, foi que ele falava coisas tipo: "vc não deve fazer isso, vc deve fazer aquilo". Os outros psicoterapeutas não me disseram coisas assim.
E não gosto quando qualquer pessoa me diz o que devo ou não fazer, a não ser em casos extremos, já que, às vezes, é bom que alguém nos alerte, puxe até a nossa orelha, para que não façamos bobagens.
O psiquiatra me receitou anti-depressivos, e, em poucos meses, melhorei.

7) AIDS?!

Em agosto de 1991, eu e minha mulher nos separamos. Passo a morar com meus pais, que, depois de 37 anos de casados, se separam no final de 1992. Fui morar com a minha avó materna.

Até pouco mais dos meus 30 anos, fui magrelo: 55 a 57 quilos pra 1,72 de altura.
Depois fui engordando, chegando a pesar 70 quilos. Me sentia muito bem, quando alguém chegava pra mim e dizia que eu estava mais gordo. Meu físico estava legal. Um conhecido ao falar que engordei, lhe respondi: é cachaca.rs. Ele, rindo, falou: "mas vc não está inchado".rs

Passei a morar com a minha avó em 05.12.1992. Em um ano, perdi 10 quilos. Fiquei preocupado, mas minha mãe ficou mais ainda. Fiz exames de sangue para diabetes, tudo beleza.

Aí a mama me sugeriu que eu fizesse um exame para AIDS(rs). Achei bobagem, pois naquela época, heterossexual não contraia a doença. Nunca tive relação homossexual, não sou hemofílico, nunca sofri transfusões de sangue ou usei drogas, transei com poucas mulheres na vida...

Diante da insistência da minha querida mãe, fui fazer o exame. Novamente, o cunhado dela, neurologista, me indicou uma médica, era de hospital público.

Ao chegar no hospital, um fato estranho ocorreu, pois a médica diz que não conhecia o cunhado da minha mãe, e que ela era psicóloga(não havia nada agendado). Acabei contando o lance da minha magreza e revelando os dramas mais recentes por quais eu havia passado: minha separação, separação dos meus pais...
Ela, de acordo com meus relatos, achou bobagem eu fazer o teste da AIDS, já que eu não fazia parte do grupo de risco, mas que poderia me dar uma guia, caso eu quisesse.  Eu não quis. No entanto, ela achou aconselhável uma psicoterapia, o que achei interessante.

Todavia, acho que não fiquei na terapia nem por dois meses.
Não gostei da psicóloga. Ela era bem mais jovem do que eu; magrinha, baixinha. Às vezes, eu fazia uma pergunta pra ela, que sempre respondia com uma  outra pergunta- eu acabava ficando nas nuvens. Me pareceu que ela queria mais era me repreender. Além disso, ela vivia chegando atrasada nas consultas, e nem satisfação dava.  Falei que não voltaria mais no consultório, e ela, teimosa, autoritária, falou que eu iria voltar sim, que a consulta seguinte ficaria na agenda. Não voltei mais lá.

Ela foi a primeira profissional da psique, que, realmente, não gostei, que não me passou, como os outros passaram, um sentimento de amizade e solidariedade.

Quanto à minha magreza, eu suponho, que foi devido às constantes caminhadas, que eu fazia, quando morava com a minha avó. Minha vida , morando com a minha ex e meus pais, era mais sedentária. E a alimentação na casa da vovó, era mais pobre(rs). Meu peso se estabilizou. E, depois de 2000, quando passei a morar com minha mãe e seu companheiro, voltei a engordar(rs). Voltei a emagrecer ao morar sozinho, e hoje peso por volta de 63 quilos.

...continua

6 comentários:

  1. Bobagem foi um dia terem acreditado que existe grupo de risco para contrair aids. Não é a toa que se ve por aí famílias inteiras com aids.
    Enfim, depressão é caso sério. E em vez de ficar de picuinha com os profissionais vc deveria ser menos resistente e aceitar o tratamento. Ruim mesmo é paciente que acha que sabe o que faz e recusa o tratamento adequado sem ao menos experimentar. Se as pessoas soubessem mesmo o que é bom ou ruim para suas vidas, não existiria esse tipo de prfissional.

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  2. Mas na época existia mesmo isso, o grupo de risco. Até hoje mesmo, ainda existe.

    Vc é psicóloga, Olivia? rs

    Sou mais eu do que os os tratamentos.rs

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  3. Não sou psicóloga. Não existe grupo de risco. Posso garantir isso!

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    1. Olivia, durante um tempo, havia um grupo de risco: homossexuais, bissexuais, hemofílicos, viciados em drogas introvenosas e os que faziam transfusão de sangue. Nesta época, a gente nem ouvia falar que as mulheres contraiam AIDS. Com o passar do tempo, as coisas foram mudando. No entanto, não conheço ninguém, nem pessoas comuns, nem celebridades heterossexuais que contraíram AIDS, sem fazerem transfusão de sangue, ser hemofílico, ser viciado em drogas...

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  4. Não acredito nesse tipo de tratamento. Pagamos ao profissional para ele ter a obrigação de guardar o segredo que é contado. Pois se conta ao amigo, ele logo tem outro amigo e por aí vai.
    É complicado isso de ter amigo.
    Beijos!!

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