quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Pink Floyd e Eu(2)





Em 1987, quando eu ainda via o Roger Waters como um ditador, fiquei satisfeito e ansioso em ouvir o trabalho do Pink Floyd, "A Momentary Lapse of Reason", sem a presença dele, com a volta de Richard Wright. No entanto, ao ouvir o disco, constatei que o Floyd tinha , simplesmente, mudado de dono: de Roger Waters para David Gilmour. Fiquei decepcionado, pois pensei que o grupo se tornaria mais democrático, explorando mais músicas instrumentais,coisa que Waters não é muito chegado. Apesar dos pesares, o álbum é muito bom, bem superior ao "The Final Cut", que não passa de um disco solo de Roger Waters.

A frustração continuou ao ver , algumas vezes, na TV, o grupo se apresentando ao vivo. David Gilmour tocava acompanhado de mais um guitarrista, havia também outro tecladista, além de Wright , e um percussionista, que chamava bem mais atenção do que o baterista Nick Mason; um saxofonista e o coro feminino participando, dançando, em todas as músicas. Muitos músicos, mas quem aparecia mesmo era só o David Gilmour. Muito efeito de luz, muita parafernália, mas pouca emoção, aliás, tudo frio. O David Gilmour conseguiu a proeza de fazer o Pink Floyd se tornar antipático ao vivo.

Depois, é lançado um disco ao vivo, "Delicate Sound of Thunder", no qual escutamos quase todas as músicas do "A Momentary Lapse of Reason" e outros sucessos do grupo, tudo escolhido a dedo, para só Gilmour aparecer. Caça niqueis!  Nem tenho esse álbum.

E acabei chegando a conclusão que todos têm culpa no cartório: Gilmour, Mason, Wright e Waters.

Não me passava pela cabeça criar este post, mas a blogosfera tem essa particularidade, quando pensamos que nada mais temos a dizer, e eu tenho pensado até em parar de postar, lemos algo, que nos incentiva à uma postagem, como a que eu vi hoje num blog, um blogueiro tecendo loas a Waters e criticando seus companheiros do Floyd.

Ora, dizer que Roger Waters é o gênio da banda, pós-Syd Barrett- que o baixista é que é o Floyd, enfim, que ele é que é o bonzinho e os outros são vilões, é uma atitude radical , bem unilateral. Pelo que li, Waters, naqueles tempos em que estava brigado com seus companheiros da banda, pensava assim, mas , de uns tempos pra cá, não pensa dessa forma. Embora tal blogueiro, se apresente como um sujeito que tem muito conhecimento musical, que andou até participando de produções, de gravações de disco, penso que sua opinião é bem equivocada, bem parcial. Acredito que nem Waters deve gostar tanto de si, como tal blogueiro gosta dele.rs

É sabido que, durante a gravação do "The Wall", Waters se desentendeu com Wright e esse saiu da banda.
Depois, no disco seguinte, "The Final Cut", Waters se desentende com Gilmour e Mason. No "The Wall", diferentemente do que falam, principalmente na internet, Waters queria a ajuda dos outros integrantes para compor, pedindo a Wright para contribuir , mas o tecladista nada compôs, estava sem inspiração e também não gostou da ideia do "The Wall". No entanto, no "The Final Cut", o ego do baixista estava mais exacerbado ainda, não quis ajuda para compor. Todo o material é de sua autoria.
Mas, pra o citado blogueiro, só existe um certo nesta história: Roger Waters. Waters foi o mocinho vítima, os outros três foram os vilões.

... a novela floydiana ainda continua...rs


Um comentário:

  1. Artistas ingleses boicotam Israel enquanto 1 milhão de meninas inglesas são estupradas por gangues muçulmanas
    http://cinenegocioseimoveis.blogspot.com.br/2015/02/artistas-ingleses-boicotam-israel.html

    ResponderExcluir

Todos os comentários serão respondidos.

Marcadores