quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Pink Floyd e Eu(3)





Waters chegou a se arrepender dos ataques que fez aos companheiros do Floyd. Andou elogiando a Gilmour e ao saudoso Wright. Ele, desde a época de Barrett, assumiu que é um sujeito difícil de se lidar, que costuma ser mau. Talvez seja por isso que escreveu: "se eu fosse um homem bom, entenderia a distância que há entre os amigos". Waters está longe de ser uma vítima, de ser um bonzinho. Ele, assim como John Lennon e Richie Blackmore, ex-Deep Purple, fazem parte da turma dos geniosos, dos encrenqueiros do rock. O singelo Waters, que chegou a cuspir na cara de um fã, num dos shows do grupo.

A volta do Pink Floyd, sob a batuta de David Gilmours, foi uma velhacaria? Sim, foi! Mas, Waters, se comportaria da mesma maneira, se Gilmour não fosse mais esperto, mais rápido; isso mesmo: usar o nome Pink Floyd, como fez no "The Final Cut". E é bom lembrar que com muitos outros conjuntos aconteceu a mesma coisa que aconteceu com o Floyd: um (ou mais de um) integrante usar o nome da banda, enquanto outro membro, de fora, não aceita e entra na justiça, alegando uso indevido do nome. E isso acontece porque os milionários músicos do rock, são contumazes capitalistas, havendo muito interesse por trás de uma milionária banda de rock; muita gente ganha dinheiro com isso, muitos são os envolvidos. O capitalista sempre quer mais, é insaciável. Mesmo fazendo shows beneficentes, shows engajados, não apaga o amor deles pelo dinheiro. John Lennon declarou, uma vez, que chegou a ter a consciência pesada por ganhar muito dinheiro...

E o gênio musical de Roger Waters? Creio que eu seja o único mortal que prefere a voz de Waters que a de Gilmour. E ele mesmo reconheceu que não é um bom cantor e nem um bom instrumentista. Sua participação no Pink Floyd , foi superestimada, tanto por parte do público, quanto pelos críticos. Realmente, ele foi o maior letrista da banda, porém, não é só pelo fato dele ter composto mais que os outros integrantes, que seja o melhor. Até o "The Wall", penso que Waters compunha melhor que Gilmour. Não obstante, de lá pra cá, o guitarrista o superou como compositor. Waters ficou preso ao estilo das composições do "The Wall", e,justamente, ele , que nos melhores tempos do Floyd, foi seu compositor mais eclético, se tornou repetitivo, criando músicas bem semelhantes uma com a outra. Há poucos anos atrás, baixei algumas músicas inéditas dele, na internet. Tudo igual, a mesma forma de cantar, os mesmos arranjos... ele desaprendeu a compor. "Cá Ira" nada tem a ver, é apenas mais uma ópera; o estilo do Pink Floyd é outro. "Wish You Are Here", ao vivo , com Waters , é de entristecer, com arranjos mais que manjados, claro que o coro feminino e o saxofone teriam que estarem presentes. E, pra mim, Waters ao vivo, consegue ser mais chato e inconvincente que o Pink Floyd de David Gilmour. Dizer que os músicos que o acompanham são melhores do que os do Floyd, só pode ser uma piada(o blogueiro que me inspirou o post disse isso).

Waters compôs mais da metade sozinho do álbum "The Animals", incluindo duas longas faixas de 10 minutos de duração,cada uma. Mas quem fez os arranjos? Será que Waters foi o autor de todos os arranjos?  O que seria do Pink Floyd sem Wright e Gilmour, com Waters, Mason e outros dois músicos substituindo os citados?  Quem é o integrante que menos aparece no famoso show "Pompeii"? Ele mesmo, Roger Waters.
Será que Waters esteve presente na gravação de "Obscured By Clouds", afinal quem manda no disco é a dupla Gilmour/Wright?

Roger Waters foi importante , sim , para o Pink Floyd; foi um grande compositor, mas David Gilmour e Richard Wright não podem, de forma alguma, serem subestimados. O tecladista e o guitarrista, além de comporem e cantarem bem, de quebra, são melhores músicos do que o santo injustiçado genial Roger Waters.

OBS.:  As frases que coloquei, atribuídas, aos integrantes do Floyd, não foram, por bem dizer , proferidas pelos mesmos. Algumas coisas, eles disseram mesmo, outras não. Criei isso, como o forma sarcástica de protesto, até mesmo porque muitas pessoas, não falam tudo que pensam, e eles poderiam ter dito tais coisas a seus respeito.

4 comentários:

  1. Quem vê cara e fama, não vê coração!!!!
    Sempre que se tem um grupo rola problemas.
    Na banda Lacrimas Profundere, quando houver uma das trocas o vocalista que substituiu no meio de uma turnê falou que já estava esgotado. É muito cansativo, e sabemos que chega ao ponto de ter vontade ou até mesmo de jogar tudo para o ar.
    rsrsr Beijos!!!!

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  2. Sempre que tem um grupo de rock, sempre que rola dinheiro... Onde há gente, existem problemas.

    Muito obrigado por sua presença, Janice.

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  3. Olá amigo, saudade...Vim aqui ontem e não consegui postar, só prá variar e mais um teste prá minha paciência, que vamos combinar, nos últimos dias está me provocando demasiadadamente. Mas então, penso que onde há 'pessoas' há problemas, dissociação de idéias e dialética, se rola dinheiro então (e no caso citado, 'que tantão' né?), nem preciso comentar... Acho que refletir sobre a imensidão de atitudes e sofrimentos que o ser em si, inerente a qualquer escala, castas ou posições se revela ou se disvirtua e faz compreender um pouco o deserto que atravesso, este que quando penso estar chegando ao fim, eis que as surpresinhas desxagradáveis e inesperadas me atingem...Mas vsmo que vamo com muita fé, força e determinação.. Grande beijo
    Cris

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