segunda-feira, 18 de junho de 2012

Um Medíocre Peculiar(4)

De santo, eu nada tinha, andei fazendo minhas bagunças, não muitas, mas fiz, que mexeram, ao menos por duas vezes, no bolso do meu pai.  Andei dando uns vexames, não tantos, com bebedeiras, e era um contumaz matador de aulas.

Eu havia chegado um ponto, que não mais acreditava que minhas espinhas pudessem desaparecer, e elas se foram, depois dos meus 18 anos.

Quando fui me alistar no exército, aos 18 anos, ansioso para saber a minha estatura, tive uma desagradável surpresa, eu estava com a mesma altura de há 5 anos atrás. Com 13 anos, eu já media 1,72, era considerado alto para a minha idade, era raro alguém da minha faixa etária mais alto do que isso. Não é dizer que eu me achava, que era convencido, não, não foi bem assim, mas eu me sentia orgulhoso de ser "alto", do comentário das pessoas sobre isso... E não cresci mais... Um tanto de colegas meus, que quando conheci, eram mais baixos, se tornaram bem mais altos do que eu. Felizmente, meu único irmão, é mais baixo do que eu, apenas 2 cms, mas é; bom que assim, não me senti muito diminuído. rs

A diferença da minha mediocridade, com a mediocridade descrita pelo escritor José Ingenieros, é que eu não me tornei um medíocre bem mandado, rotineiro, servindo aos superiores e/ou geniais. Eu não permiti que me adestrassem. Rejeitei as escolas, assim como rejeitei os empregadores. Houve dois momentos em que quase me adestraram, quase me enquadrei no sistema: quando eu trabalhei numa multinacional, por 3 anos e quatro meses, e quando eu abracei a doutrina espírita kardecista, nos anos 80. Mas isso tudo, já passou, felizmente.

E o que acabei de revelar, nestes 4 posts, não se trata de um relato de uma pessoa de baixa auto-estima, embora eu sei que muitos que lerem o que escrevi, pensarão desta forma. Repito, é preferível ser complexado, do que se achar o máximo, quando na realidade, se é o mínimo.
A meu ver, as pessoas que têm baixa auto-estima, são aquelas que possuem talento, e algumas até são bonitas, mas se acham incapazes e feias.  Acho até possível, no meu caso,isso ser vaidade, uma pretensão de ser talentoso, alto, bonito, mas a verdade é diferente...

Um menino, desde jovem usa óculos, é chamado pelos colegas de "quatro olho", entre outras coisas. O mesmo não importa, bem humorado, até ri. Tal menino, é considerado legal, um sujeito bacana, pelos outros. Mas, um outro menino, que também usa óculos, não aceita que lhe chamem de "quatro olhos", devido a isso xinga, pode chegar até mesmo à agressão física. Esse menino é considerado chato, encrenqueiro, ruim: "ora, ele sofre da vista mesmo, usa óculos". Eu não sou contra ele, não se deve mexer com quem está quieto, e todos têm que ser tratado com respeito. Para muitos, esse menino não é humilde.
Pode-se dizer que me pareço com ele. A sociedade me aceitaria, se eu fosse manso, submisso, que eu ficasse , humildemente, trabalhando por anos, numa empresa, a ganhar pouco, sofrendo muito, um típico medíocre, porém, na minha mediocridade, não existe a palavra "humildade", ". Pessoas como eu , são taxadas de vagabundas, criadores de caso, e os mais filósofos, taxam de perfeccionista.
Que contradição, um medíocre perfeccionista!

E hoje, já com mais de 50 anos, não passo de um medíocre eremita ... e de um medíocre blogueiro.rs

OBS.: "Você é inteligente, não sabe(ou não soube) , é aproveitar sua inteligência". Não acho que é bem assim, pois não saber aproveitar sua própria inteligência, é burrice!

4 comentários:

  1. Medíocre perfeccionista... que contradição!
    Todo mundo me questiona a respeito: De onde vem a sua baixa alto estima. Inteligênte, alta, olhos verdes, loira (mas morena de nascença kkk) mas eu não consigo enxergar isso em mim. Meu mundo colorido fica cinza quando olho pra mim.

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  2. Oi Cristina.
    Como eu disse no post, existem pessoas assim, como vc se descreveu. Eu, com minha mania de questionar tudo e pensar demais, às vezes penso que mesmo se eu fosse uma pessoa bem sucedida , ainda assim, não estaria satisfeito. Talvez não, sei lá, mas existem pessoas que, de fato, são insatisfeitas por natureza.

    Obrigado pela sua presença.

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  3. Pois é... o texto é real. Aconteceu comigo em 2007. Acredite se quiser, eu me cortei, mas não foi o pulso kkkkkkkk Eu devia estar tão trilili que nem sei porque resolvi cortar o braço kkkk

    Talvez eu seja assim... uma eterna insatisfeita.

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  4. É, acabei de ler sua resposta, no seu blog. Li também um comentário seu no blog da MoiselleMad. Poxa, viajar de moto por 780 km!! Pilotando? Nunca andei de moto e nem me passa pela cabeça , fazer isso.rs. E ando cada vez com mais cautela, nas ruas, pois elas(as motos) , aparecem do nada, já quase fui atropelado, e alguns motoqueiros são bem atrevidos(alguns, não todos).

    Abraços

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